No último dia 3 de julho o ex-diretor-superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, disse à Justiça de São Paulo que foi coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido no caso do sítio de Atibaia.
Em depoimento no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paul), Paschoal foi perguntado pelo advogado Igor Tamasauskas:
“Isso que eu queria entender. Se não são fatos relacionados ao senhor, porque o senhor precisaria saber o que o outro sabia? Porque numa colaboração você confessa atos próprios, crimes próprios, ou improbidades próprias. Por que precisava ter contato com outros colaboradores?”
E respondeu:
“Sem nenhuma ironia, desculpa doutor. Precisa perguntar isso para os procuradores lá da Lava Jato. No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o engenheiro para fazer a obra do sítio. E tive que construir um relato.”
“Construir um relato?” indagou o advogado.
“Fazer um relato ‘olha, aconteceu isso, isso e isso e eu indiquei o engenheiro tal para fazer as obras'” concluiu o ex diretor.
Essas revelações mostram a tortura para conseguir informações dos acusados, tudo isso para caluniar e prender Lula. Escancara que este e todos os outros relatos de delatores nada mais são do que versões que os procuradores extraem dos acusados para colocarem nos processos e intensificarem a perseguição contra adversários políticos, sobretudo dirigentes do PT.