De acordo com a delação da Odebrecht, constante do inquérito do Ministério Público que investiga pagamentos de propina ao tucano José serra, do PSDB, a empreiteira só teria conseguido receber R$ 191,6 milhões da empresa estadual Dersa, referentes a um acordo do ano de 2009 e a uma negociação envolvendo processos judiciais, depois de ter pago o montante de R$ 23,3 milhões ao então governador.
Segundo a empresa, o dinheiro teria como destino a campanha presidencial de Serra, de 2010, na qual acabou sendo derrotado por Dilma Roussef.
As denuncias que começam a abundar contra os tucanos, evidenciam a divisão da burguesia e o agravamento da crise do conjunto do regime golpista edificado sobre a base do golpe de estado que derrubou por meio de um impeachment comprado, sem quaisquer provas, a presidente Dilma Rousseff (PT), em meio a uma intensa campanha de suposto “combate à corrupção” na qual nenhum dos maiores corruptos do País, como é o caso dos tucanos que entregaram bilhões em recursos e patrimônios públicos para os banqueiros e grandes especuladores forma sequer investigados e que serviu apenas de pretexto para a campanha de perseguição política contra os dirigentes do PT e setores que apoiaram e/ou participaram dos seus governos e de base para o golpe de estado que está entregando toda a economia nacional e atacando como nunca as condições de vida da maioria do povo brasileiro.
Ao contrário dos ataques contra o ex-presidente Lula e a esquerda, as acusações contra Serra, Alckmin e Cia. tendem a não dar em nada e apenas serem usadas para justificar a manutenção da ofensiva ilegal – bem como novos ataques – contra os adversários do regime; servem para dar a aparência de que a “justiça está sendo feita”.