O regime político criado à partir do pacto social expresso na constituição de 1988 está em pleno processo de desmoronamento. A crise política internacional do imperialismo não permite mais que os direitos conquistados pela luta política dos trabalhadores continuem vigentes.
O golpe é o reflexo da quebra do pacto “democrático” estabelecido com o fim da Ditadura Militar. Por mais que nesse regime a democracia não passasse de uma faixada, os poucos direitos conquistados pelas incessantes lutas dos trabalhadores ao longo da história, estão indo água abaixo.
O golpe chegou para dar continuidade, de forma mais violenta, à política de destruição implementada pelos governos neoliberais dos anos 90, passando por Collor de Mello até Fernando Henrique Cardoso. O objetivo, como vem sendo demonstrado, é vender todos os recursos naturais e o patrimônio brasileiro para os capitalistas estrangeiros, enquanto os golpistas instauram um regime ditatorial com características fascistóides para reprimir o povo.
Passando por cima de todos os direitos democráticos, acabando com os direitos trabalhistas e congelando o gastos em serviços públicos fundamentais, os golpistas querem entregar o país todo para o controle dos grandes tubarões capitalistas norte-americanos e europeus.
A situação política é de crise, e está em jogo a disputa pelo poder, ou seja, a substituição do atual regime político por um outro.
Por isso, a conjuntura está polarizada, pois a luta de classes está acirrada em torno desta questão. Independente de quem ganhe a disputa, se os golpistas ou os trabalhadores, um novo regime irá se formar com as características da relação entre as forças políticas em disputa.
Por isso, o 10º Congresso do Partido da Causa Operária (PCO) é um acontecimento fundamental de todo este processo. Ao longo de todo o período de golpe de estado, o partido vem se destacando pela sua luta política intensa contra o golpe e a capitulação diante da direita.
Agora, com a atualização das coordenadas políticas após as eleições, é preciso definir as tarefas do partido para a próxima etapa da luta. Com diversos delegados eleitos, e com base em uma ampla discussão entre as centenas de pessoas que estarão presentes, o PCO irá definir o que fazer e organizar o que já está sendo feito, mantendo-se fiel ao programa comunista e revolucionário do partido.
É neste sentido que representantes de todo as regiões do país estarão se reunindo nestes dias 15, 16, 17 e 18. Será feito um balanço sobre o crescimento sem precedentes do partido e o caminho para sua ampliação e seu fortalecimento na situação política.
Cabe a um partido comunista orientar a vanguarda da classe operária no caminho da luta política contra a direita golpista – que obteve uma vitória importante com as manobras concretizadas pela fraude eleitoral. Os militantes do partido devem estar preparados para intervir no cenário nesta luta primordial.