O racismo na sociedade capitalista é vigente em toda parte do mundo. Muitos são os povos massacrados por duros períodos coloniais e de intervenção imperialista, na qual são colocados em uma situação social e econômica inferior aos demais, vindo a sofrer discriminação, racismo e ataques pela parte que se coloca como “superior” na sociedade.
Com o avanço da extrema-direita no Brasil, após o golpe de Estado, temos no posto de presidente da república um fascista, declarado forte inimigo de toda a população, sobretudo daqueles grupos mais esmagados, como o indígena, a mulher, o LGBT e o negro.
Este último, grupo que está longe de ser minoritário na sociedade brasileira, representa justamente o setor mais pobre da população, estando presente em grande número nas periferias e representando o maior alvo da política de extermínio do aparato de repressão do Estado.
Com a ofensiva dos fascistas, muito se vê no Brasil um estado de conforto da extrema-direita, que não sendo devidamente barrada pela esquerda, coloca-se ativamente em uma política contra a população.
Um dos casos mais recentes, que denotam a forma com que a população negra é tratada no Brasil, é o que aconteceu a um funcionário de supermercado no estado do Rio Grande do Sul.
A situação ocorreu quando dois funcionários de um supermercado amarram um outro funcionário, negro e surdo, em uma escada do estabelecimento no dia 26 de setembro, no bairro Lourdes em Caxias do Sul, tendo tudo sido gravado.
O jovem de 22 anos teve seus pulsos amarrados e as costas presas ao corrimão, de uma escada que de acordo com os relatos indica ser a que leva ao depósito do supermercado. Além disso, os funcionários humilharam e iniciaram um estado de tortura com o jovem. Chamando-o de “mudinho” e exigindo que ele se rebaixasse frente as câmeras.
Não sendo suficiente apenas te-lo atacado por sua deficiência física, o jovem foi chamado diversas vezes de “macaco” durante o vídeo, pondo o mesmo em uma situação em que encontrava-se preso e desesperado, sem receber qualquer ajuda enquanto era ameaçado.
A vitima trabalhava no estabelecimento havia 5 anos, e de acordo com a mãe, já sofria diariamente no local todos os dias desde que entrou.
O supermercado Andrezza apenas disse ser “lamentável” o ocorrido, demonstrando que a prática está longe de ser um real problema no local.
Enquanto este jovem é atacado em seu próprio local de trabalho no Rio Grande do Sul, tal prática não se mostra isolada no restante do Brasil. A única transformação que irá de fato resolver o problema do povo negro, junto as minorias presentes na sociedade, é a sua emancipação, destruindo a sociedade capitalista que o esmaga na miséria e na repressão, levando-o a superação das grandes diferenças sociais e econômicas presentes na sociedade. O governo operário é o único caminho que poderá solucionar o problema do negro, mas para tal precisamos derrotar o golpe e o governo Bolsonaro, soltar Lula e todos os presos políticos, em uma grande investida contra a burguesia.
A palavra de ordem do povo negro é a mesma de todos os excluídos: Fora Bolsonaro, Liberdade para Lula e Eleições gerais. O primeiro passo na luta pela sua emancipação.