Da redação – A defesa do ex-presidente Lula irá mais uma vez ao STF (Supremo Tribunal Federal), agora com um processo de suspeição contra o juiz golpista da Operação Lava Jato, Sergio Moro, com a finalidade de fazer com que os ministros tratem abertamente da indicação política para o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL). O pedido será de revisão da decisão do STJ, que negou a suspeição do juiz, e, caso o Supremo golpista aceite o pedido – o que é, deveras, improvável para não dizer impossível -, o processo pode ser considerado nulo.
A estratégia de obrigar os ministros a debaterem as intenções por trás da indicação do “juizeco” à posição estratégica, já foi provada pela experiência que de pouco serve, já que são esses todos os articuladores do golpe contra Dilma Rousseff (PT) em 2016. Tanto Sergio Moro quanto alguns ministros do STF, TRE, são agentes do imperialismo por trás da prisão de Lula, de sua retirada das eleições, perseguição ao PT com prisão de materiais de campanha, fazendo parte do bloco com Bolsonaro.
Este diário sempre buscou explicar que o golpe tem consigo diversas camadas da justiça alinhadas à sua política, sendo assim, a suposição da defesa do ex-presidente, de que o novo pedido de suspeição vai obrigar a corte a se posicionar sobre a atuação do juiz, demonstra uma ilusão nas instituições tomadas pelos golpistas, e, apenas servirá para aumentar a denúncia do golpe. Por mais que seja o trabalho dos advogados, é preciso reafirmar que o STF golpista passou por cima de todos os processos sobre a atuação arbitrária de Moro, quando, no caso do ex-presidente assumir um ministério no governo Dilma, liberou áudios ilegais para a Globo, de escutas típicas de espionagem dos EUA, ignorando qualquer lei que o juiz deveria defender. Golpistas não seguem leis, eles rasgam, pisoteiam, passam por cima da lei.
É preciso denunciar o avanço dos militares dentro do golpe de Estado, a fraude da prisão sem provas de Lula, maior líder do país e favorito disparado nas eleições, levada à cabo por Moro para eleger o fascista Jair Bolsonaro e virar seu Ministro da Justiça. Esses capachos do imperialismo pretendem aumentar a perseguição ao povo e aos movimentos populares, frente às últimas declarações da família Bolsonaro sobre a criminalização e perseguição do MST e MTST.
É preciso criar Comitês de Luta Contra o Golpe por todo o país, organizar junto à CUT, à base do PT, todas as bases dos movimentos sociais, operários, de luta por terra e moradia. Convocar todos para a 2ª Conferência Nacional Aberta dos Comitês de Luta Contra o Golpe que acontecerá na capital de São Paulo nos dias 8 e 9 de dezembro para retirar um programa de lutas contra os golpistas e os fascistas.