Nesse dia, se realizará a entrega na missão diplomática equatoriana no Reino Unido, como parte da cooperação internacional solicitada por Washington, segundo indicou a instância.
Segundo aclarou Poveda, a equipe legal do informático não foi notificada da nova ação, autorizada por um juiz desde 1 de maio último, e que acordou numerosas críticas dentro e fora deste país andino desde a sua difusão em meios de imprensa no fim de semana.
A respeito acrescentou que também não se respeitou a corrente de custódia dos pertences, as quais, em seu critério, devem permanecer em solo equatoriano e fez questão de que seu direito à defesa segue sem respeito.
Julian Assange permaneceu asilado na embaixada de Quito em Londres desde 2012 até o passado mês de abril, quando o executivo nacional lhe retirou essa condição e cancelou, também, a naturalização que lhe outorgou a chancelaria em dezembro de 2017.
De imediato foi detido pelas forças policiais britânicas e a justiça da nação européia sentenciou-o a 50 semanas de prisão por descumprir os parâmetros de sua liberdade provisória ao solicitar asilo no Equador, enquanto enfrentava um processo de supostos delitos sexuais na Suécia, caso arquivado anos depois.
O temor de Assange e sua defesa sempre tem sido que o extraditem para os Estados Unidos, onde poderia enfrentar severos castigos, até a pena de morte, pela difusão, através de Wikileaks, de milhares de documentos sobre práticas irregulares da administração nortista.
Ainda que Quito defende que atuou em estrito apego a seus direitos e sem violar nenhum regulamento internacional, os advogados do australiano, ativistas pelos direitos humanos e organizações sociais, entre outros, consideram como uma traição a posição adotada pelo executivo.
O caso Assange piorou com a reabertura esta mesma jornada do processo contra ele na Suécia, enquanto realizam-se também trâmites para sua extradição para os Estado Unidos, apesar de declarações do chanceler, José Valencia, sobre notificações de Londres nas quais assegurava que não o enviariam a nações onde sua vida pudesse correr perigo.