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Guiana Francesa

Macron: defesa da ecologia, só para os outros

Megaprojetos de mineração e garimpo, com apoio do governo Macron, ameaçam a Floresta e indígenas da Amazônia francesa

A questão das queimadas e do desmatamento na Amazônia tem gerado grandes debates e sendo aproveitado pelos países imperialistas, em especial a França, para justificar uma possível intervenção dentro do território brasileiro da Amazônia.

O presidente francês Emmanuel Macron está encabeçando a campanha de que a Amazônia é patrimônio mundial e, portanto, deveria ser internacionalizada caso o governo brasileiro não proteja devidamente a floresta.

Macron está ampliando a política criminosa do fascista Jair Bolsonaro em incentivar as queimadas e a destruição da floresta, para esconder o que o governo francês realiza em sua colônia na América do Sul, a Guiana Francesa.

Em primeiro lugar, a parte Amazônica da França, apesar de possuir grandes extensões florestais e fazer parte de um governo que demonstra muita “preocupação” com a preservação da floresta, com o “respeito” aos povos indígenas, sofre, tanto quanto ou mais que a amazônia brasileira, com a sistemático assédio de grandes mineradoras internacionais.

Está em curso a implantação de um megaempreendimento de mineração na Guiana Francesa chamado de Montagne d’or (Montanha do Ouro). Esse grande projeto de mineração está para ser implantado em áreas com floresta primária e próximo de duas grandes reservas biológicas. Segundo os cálculos do próprio governo francês, o projeto de mineração Montanha do Ouro, causaria o desmatamento direto de 800 hectares para a abertura da mina e aproximadamente mais 3 mil hectares indiretos através da abertura de estradas, pátios, construções etc.

Um grupo de mineração formado por capital russo-canadense chamado CMO aguarda a autorização para explorar a Montanha de Ouro. As organizações ambientalistas e de direitos humanos acusam a mineradora que irá explorar a mina de utilizar o cianeto no processo de mineração. O Parlamento Europeu solicitou o banimento desse componente químico da mineração devido aos impactos na contaminação do ambiente e na consequente contaminação da população local e dos trabalhadores.

Outro dado importante é a opinião da população da Guiana Francesa e dos indígenas. Em 2017, uma Conferencia dos Povos Nativos da Guiana pediu a moratória da mineração no país e  13 das 15 tribos indígenas existentes na Guiana são contra o projeto de mineração.

Já o presidente Emmanuel Macron, tão preocupado em preservar a floresta Amazônia e os povos indígenas declarou apoio total ao projeto.

Além desse megaprojeto de mineração, a floresta Amazônica francesa sofre com o garimpo em todo território da Guiana Francesa. O garimpo é pouco combatido, tanto que o resultado é a contaminação da população e dos povos indígenas e das comunidades negras descendentes de escravos e enormes porções de floresta destruída.

Estimativas de entidades governamentais calculam de 5 a 10 mil garimpeiros atuando ilegalmente na Guiana Francesa e pouco é realizado para reverter essa situação. Pelo contrário, como ocorre no Brasil, os garimpeiros são estimulados pelas grandes mineradoras e empresas de Ouro para explorar e forçar a abertura de projetos de mineração legal realizado pelas grandes mineradoras. Em entrevista a AFP, o secretário do Escritório Nacional de Florestas, Jean-Luc Sibille, declarou que 29 mil hectares de floresta foram destruídos pelo garimpo desde 2003.

Fica evidente que Emmanuel Macron não está nem um pouco interessado na preservação da Amazônia, pois na porção francesa da Amazônia ocorrem os mesmos problemas que no território brasileiro. Assim como na Guiana Francesa, Macron não quer perder a oportunidade de, encoberto por um discurso ambientalista, continuar sua política colonialista dentro da América Latina.

É preciso acabar com o discurso, inclusive propagandeado por setores da esquerda, que qualquer tipo de intervenção de países imperialistas na Amazônia brasileira seria benéfica para o meio ambiente e para a proteção dos recursos naturais da Amazônia.

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