Uma postagem realizada na última quinta-feira (27), na página de Facebook, “Time Ciro Gomes”, revelou o direitismo dos seguidores de Ciro Gomes ao atacar o presidente eleito por 9 milhões de venezuelanos, Nicolás Maduro. No post, que você pode ver logo abaixo, o “time golpista” compara Maduro ao presidente fascista do Brasil, Jair Bolsonaro, alegando que o venezuelano atacou o Congresso, dissolveu o STF, prendeu juízes, encheu seu governo de militares e perseguiu a imprensa.
A comparação, a mesma que é feita por setores da imprensa golpista, escancara mais uma vez que Ciro Gomes e seus seguidores não são nem mesmo de esquerda. A luta da “democracia versus ditadura” é colocada sempre por essa direita que se finge de esquerda, onde, dentro desse suposto debate pela democracia, pessoas como os ciristas nunca irão demonstrar o que a burguesia interna do Brasil, da Venezuela, faz com a economia: entrega das empresas a preço de banana aos capitalistas estrangeiros; organização de golpes de Estado; oligarquias regionais que controlam imprensa, supermercados que sabotam preços etc.
Esses papagaios do imperialismo, na verdade ficam no ombro do seu pirata favorito, enquanto este saqueia as nações oprimidas, repetindo o argumento do seu dono: “Maduro é ditador”; “democracia é nos EUA”.
No golpe contra o Partido dos Trabalhadores, vamos rememorar, Ciro Gomes não fez absolutamente nada. Mas não vamos ser injustos, na verdade ele fez algo: falou, repetiu o que seus patrões da FIESP mandavam.
Devemos lembrar mais uma vez, aos direitistas de plantão, o que houve na Venezuela.
É sabido, por qualquer um de esquerda, que os EUA compraram militares para tentar derrubar o presidente Hugo Chavez, em 2002, e que a população em massa nas ruas, invadiu o palácio e exigiu que ele fosse solto. Desde a derrubada dos regimes capachos dos EUA no País, o povo interfere diretamente na política, estando cada vez mais armado e elegendo seus líderes, e não mais, reféns de uma “gama” de agentes da CIA escolhendo o destino de toda a nação.
Mas os ciristas, travestidos de esquera, deixam passar tudo isso e continuam a defender a tal “democracia” em abstrato. Uma verdadeira ditadura dos EUA, Inglaterra, França, Alemanha, países que exploraram todas as riquezas em todos os continentes e hoje continuam a comandar suas economias.
E coitados dos países que tentarem lutar pela sua independência, como a Venezuela, onde o povo se armou em milícias populares, prendeu os juízes vendidos para os EUA, e elegeu novo Congresso e tribunais.
Na verdade, a posição de uma verdadeira esquerda é que Maduro é democrático demais com esses fascistas. Enquanto a extrema-direita queimou pessoas vivas nas últimas eleições, atacou locais de votação de fuzil e lança foguete; o presidente manteve a calma e não fechou uma guerra civil contra os assassinos da população.
Seu rival, Juan Guaidó, apesar de fazer campanha aberta pela derrubada do presidente eleito, continua solto, falando, fazendo comícios e palestras. Vai até a fronteira fazer reuniões com milicianos, narco-traficantes armados na Colômbia para pressionar as fronteiras, e Maduro, erroneamente, não prende o terrorista.
Que toda esquerda veja bem mais esta prova de que, ciristas não são de esquerda. Os direitistas querem embargo, querem que o povo venezuelano morra de fome para que seus patrões dos EUA fiquem ainda mais ricos e roubem todo petróleo da América Latina.
