O PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) que se reivindica no Brasil ser uma organização revolucionária, não cansa de defender o Imperialismo “democrático” contra os países atrasados e suas “ditaduras” de cunho nacionalista.
Recentemente o PSTU lamentou em sua página na internet o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar as tropas americanas da Síria, dizendo que essa decisão irá provocar mais ataques do “ditador” Bashar Al-Assad aos curdos, através de uma matéria intitulada “Trump dá sinal verde para agressão militar a Rojava (Curdistão Sírio)”
Para o PSTU, o imperialismo “democrático”, principalmente o dos Estados Unidos, coloca suas tropas militares nos países atrasados para defender a população oprimida dos ditadores de plantão, a mesma versão direitista e golpista da imprensa capitalista, mas contada aqui por uma facção de esquerda.
O exemplo mais claro do que realmente serve as ocupações militares do Imperialismo dos Estados Unidos no mundo aconteceu na invasão do imperialismo no Iraque, aonde os americanos destruíram o país, com o argumento que iriam salvar a população do “terrível” Saddam Hussein, para em seguida ocupar o território iraquiano e dominar toda produção de petróleo desse país.
A matéria pró-imperialista do PSTU também segue a linha dos editoriais da imprensa golpista, alegando que os Estados Unidos estariam retirando suas tropas por já terem cumprido sua missão, a de derrotar o Estado Islâmico na Síria, quando todos sabem, principalmente os aliados dos americanos, como a França, que a saída se dá pela derrota do imperialismo na região, e pelo apoio que o governo de Bashar Al-Assad tem de boa parte da população da região.
O PSTU, ao invés de adotar uma posição trotskysta, compra o discurso dos “democratas” burgueses. Ao invés de denunciar e lutar contra a pior das opressões (a imperialista), entra no jogo da “democracia x ditadura”. Mesmo que o governo sírio fosse uma ferrenha ditadura, os revolucionários não podem apoiar o avanço do imperialismo contra essa ditadura, porque nenhuma ditadura é pior do que a política do imperialismo para os países atrasados, como se viu no Iraque.
Se o PSTU quer a derrubada de Assad para que, em seu lugar, assuma um governo dos trabalhadores, primeiro é preciso expulsar o imperialismo da Síria, que está lá (como em qualquer outro lugar) para derrubar Assad e assumir o controle das reservas de petróleo e de todos os recursos nacionais, impondo uma devastação no país e uma dificuldade ainda maior para o desenvolvimento do movimento operário.
É por esses mesmos argumentos que o PSTU apoia o imperialismo na Venezuela e apoiou o golpe no Brasil, com o “Fora Dilma”. São “revolucionários” que acreditam no marines americanos para trazer a paz mundial.