Da redação – O decreto 9.759, assinado pelo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro e que extingue os conselhos e comissões da Política Nacional de Participação Social (PNPS) trará, entre outros retrocessos, o aumento dos casos de trabalho escravo.
Depois de extinguir o Ministério do Trabalho, o governo Bolsonaro desfere mais um ataque profundo contra os trabalhadores do País ao acabar, entre outros colegiados, com a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, que é responsável por monitorar os casos de trabalho escravo no Brasil, auxiliando as vítimas e monitorando as leis que tramitam no Congresso Nacional relacionadas a esse assunto, de acordo com o portal De Olho nos Ruralistas.
Para justificar os cortes que contribuirão para diminuir a já pequena participação da sociedade civil no Governo e para precarizar ainda mais a vida da população, Bolsonaro usou como justificativa o corte de gastos – o que significa mais dinheiro para os banqueiros – e uma suposta desburocratização de medidas tomadas pelo poder administrativo, comparando as entidades a “sovietes”. No caso dos trabalhadores do campo, tudo isso levará ao aumento do trabalho escravo e colocará boa parte da população em uma situação miserável.
A verdadeira motivação para essas medidas é agradar um setor importante da base de apoio do governo, que são os latifundiários. Estes escravagistas terão os seus lucros aumentados com a precarização da vida da população e, se depender de sua vontade, as condições de vida de todos os seus trabalhadores seriam a de escravidão, sem direito a nada, apenas o dever de trabalhar. É preciso derrubar esse governo ilegítimo a fim de que cessem esses ataques contra o povo.