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É preciso parar 100% e ocupar os Correios contra a privatização e por Fora Bolsonaro

Publicamos abaixo na íntegra, Declaração da Corrente Ecetistas em Luta, de militantes e simpatizantes do PCO trabalhadores dos Correios, para os delegados ao 35° Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, que começa hoje, em Brasília, reunindo delegados de todo o País.

 

GREVE GERAL E OCUPAÇÃO DOS CORREIOS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO E POR FORA BOLSONARO

 

O 35° Conrep (Conselho de Representantes) da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores) que acontece nos dias 07, 08 e 09 de junho de 2019 na cidade de Brasília, ocorre em um momento de maior ameaça às nossas condições de vida, trabalho e à própria existência da categoria ecetista.

A ameaça de privatização da ECT que rondava a empresa dos Correios desde os anos 90, com os governos passados, tornou-se uma realidade concreta com o golpe de Estado de 2016 que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, com os governos golpistas de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Em menos de 4 anos, os golpistas já reduziram os quadros de funcionários da ECT em quase 20%. Passamos de 120 mil trabalhadores para 105 mil empregados diretos na empresa.

Também nos foi retirado da categoria direitos elementares, como o seu maior benefício, a gratuidade do plano de saúde. Os golpistas ainda nos atacam  com o fechamento de agências próprias, a extinção dos cargos de OTT´s (Operador de Triagem e Transbordo) , a introdução da terceirização em massa, o aumento da percorrida dos carteiros com o sistema do DDA (Distribuição Domiciliar Alternada), além de medidas que visam sucatear cada vez mais a empresa para favorecer os grandes capitalistas do mercado postal.

Para impedir que os trabalhadores lutem, os golpistas também ensaiam um ataque as organizações dos trabalhadores, através do fim do repasse das mensalidades sindicais através da folha de pagamento, como a perseguição política as entidades, seus dirigentes sindicais e ativistas.

No entanto, a agressividade dos golpistas do governo Bolsonaro com os trabalhadores em geral e com os dos Correios em particular está em contradição com a autoridade política desses fraudadores de eleição.

O direitista Jair Bolsonaro só conseguiu se eleger como presidente do Brasil devido ao golpe de Estado de 2016 e do sistema eleitoral fraudulento que os golpistas organizaram para eleições de 2018, aonde o principal candidato da esquerda, representante dos movimentos populares, Luiz Inácio Lula da Silva, foi perseguido politicamente pela direita nacional, inclusive com a sua condenação sem provas e prisão ilegal, afim de que ele não participasse das eleições de 2018, já que as pesquisas eleitorais indicavam com mais de 50% das intenções de voto que o povo quer de novo Lula presidente do país.

Se apoiando na impopularidade do governo golpista, na reação da população brasileira de repúdio ao governo de Jair Bolsonaro e de todos os demais golpistas é que a classe operária e suas organizações precisam passar para uma posição ofensiva, não só de resistência, mas de levantar todas as reivindicações econômicas da classe operária.

Na campanha salarial desse ano, quando milhões se levantam em todo o País pelo “fora Bolsonaro”, os trabalhadores precisam olhar para os golpistas  sem piedade, e apresentar na integra todas as reivindicações históricas da categoria, bem como aquelas que são fundamentais nesse momento para barrar a política de privatização da ECT, ou seja, da sua entrega para o grande capital internacional, e a destruição de nossos empregos.

Não estamos conseguindo viver com o salário de miséria da empresas, por isso é preciso exigir aumento real de salário, mais as perdas salariais desde 1994, inicio do plano real.

A volta do plano de saúde sob a administração dos Correios Saúde, controlada pelas próprios trabalhadores é uma arma poderosa contra os privatizadores golpistas que comandam a ECT.

Não se deve pautar as reivindicações dos trabalhadores dos Correios com a caneta dos golpistas, é preciso apontar a pauta de reivindicação que  sirva as necessidades da categoria, e se os golpistas não conseguem atender aos trabalhadores, que entreguem o poder da empresa nas mãos da categoria.

As reivindicações parciais e classista dos trabalhadores dos Correios vai necessariamente se chocar com as intenções patronais dos golpistas, mas somente se colocando frontalmente contra as intenções de rebaixamento, retirada de direitos e beneficios dos ecetistas é possível avançar na luta contra o golpe e pela derrubada do governo fascista de Jair Bolsonaro.

Precisamos, voltar a uma posição de vanguarda na luta dos trabalhadores, junto com importantes setores que já se mobilizam em todo o País por uma alternativa própria dos trabalhadores diante da crise: a derrubada do governo e o fim do regime golpista.

A luta contra a privatização dos Correios, como a luta contra a reforma da previdência é parte da luta contra o golpe, os golpistas e o avanço do fascismo no Brasil, que o Conrep debata de forma ampla a situação política de golpe de Estado no País, e que esse debate leve a orientação para os trabalhadores dos Correios da necessidade de derrubar esse governo golpista, sem legitimidade, já que é fruto da fraude eleitoral e a perseguição à Lula, preso político no país.

Que nessa luta contra Bolsonaro e os privatizadores, a alavanca da luta seja a aprovação de uma verdadeira pauta de reivindicação que atenda as necessidades dos trabalhadores dos Correios em oposição a política privatista de retirada de direitos, demissão e sucateamento da ECT.

Como já ficou comprovado na experiência de luta de nossa categoria e de todos os trabalhadores, a defesa dos nossos interesses não será efetiva, por meio de limitadas ações no Congresso Nacional dominado pela direita, tampouco nos tribunais golpistas. É preciso organizar medidas efetivas de luta, como a paralisação geral da categoria, começando por uma adesão de 100% à greve geral, organização efetiva de uma greve greve nacional dos Correios e ocupação dos principais prédios da ECT contra a privatização, pela volta do plano de saúde sem ônus para os trabalhadores, pelas demais reivindicações da nossa categoria e pelo fora Bolsonaro e de todos os golpistas.

  • Contra a privatização da ECT, por uma ECT pública, estatal e de qualidade controlada pelos próprios trabalhadores, através de eleições diretas a todos os cargos de chefia, desde presidente da ECT a supervisor de operações.
  • Por um reajuste salarial que seja a soma da inflação do período de agosto de 2018 a julho de 2019, mais aumento real de 10%, mais as perdas salariais da categoria desde o plano real de 1994;
  • Pela contratação de mais 100 mil trabalhadores dos Correios, para dar conta da demanda criada pelo aumento de encomendas na ECT;
  • Transformar todos os trabalhadores terceirizados em trabalhadores diretos da ECT, com os mesmos direitos dos demais trabalhadores concursados;
  • Pela manutenção das agências próprias dos Correios e transformação das agências franquiadas em agências próprias da ECT, sob  controle da ECT;
  • Pelo fim da Postal Saúde, e volta dos Correios Saúde,  sob o controle dos trabalhadores, revogar a cobrança de mensalidades e manutenção dos dependentes no plano, como por exemplo os pais e mães de funcionários;
  • Que nenhum prédio dos Correios possa ser vendido, sem o consentimento dos trabalhadores;
  • Fora generais e militares de dentro da ECT, os Correios é dos trabalhadores. e por eles devem ser administrados;
  • Redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução salarial;
  • Independência das organizações sindicais dos trabalhadores, abaixo o fascismo dentro dos Correios, os trabalhadores é que decidem como vai pagar suas mensalidades e contribuições;
  • Reintegração imediata de todos os trabalhadores demitidos nos Correios;
  • Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
  • Liberdade para Lula e todos os presos políticos dos governos golpistas!
  • Eleições gerais já!
  • Lula candidato!

Brasília, 6 de junho de 2019.

CORRENTE NACIONAL ECETISTAS EM LUTA

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