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Decisão da Libertadores adiada pelos dirigentes da Conmebol, coveiros do futebol sul-americano

A conduta e os desmandos dos cartolas dirigentes do futebol sul-americano estão conduzindo o esporte mais popular do continente para o precipício. A entidade que controla e “organiza” os torneios de clubes e seleções do continente não poderia ter dado contribuição mais desastrosa para a desmoralização do nosso futebol, particularmente na Taça Libertadores, a competição mais importante de clubes do hemisfério Sul.

Um verdadeiro circo dos horrores se instalou na entidade, onde uma série de atitudes contrárias às boas práticas do futebol tomou conta dos dirigentes. Nunca se viu tamanha desorganização em nenhuma outra edição da competição. O ponto nervrálgico e crítico de toda esta situação, dentre outras, foi a péssima qualidade da arbitragem em todo o decorrer das diversas fases do torneio. A situação se agravou nas quartas-de-final, quando houve uma ostensiva e aberta conduta da arbitragem no sentido de prejudicar os clubes brasileiros na competição.

Santos, Cruzeiro e Grêmio foram os mais prejudicados pelos árbitros que apitaram as partidas dos times brasileiros nas fases decisivas. Puniram o Santos mas não puniram o River e Boca que também tiveram jogadores suspensos que atuaram. Expulsaram o jogador do Cruzeiro, Dedé, contra o Boca numa flagrante irregularidade; não puniram o River contra o Grêmio mesmo com o treinador deles suspenso, que foi até o vestiário, descumprindo uma determinação da própria Conmebol. Vergonhoso. Um escândalo total.

O resultado foi a chegada de dois times argentinos para a decisão final. Decisão final esta que estava marcada para acontecer no sábado, dia 24, adiada em função dos incidentes ocorridos nas proximidades do estádio Monumental de Nuñez, casa do River Plate, que enfrentaria o Boca Juniors na segunda e decisiva partida. No primeiro confronto, empate em 2 x 2, numa partida tensa e movimentada.

No sábado, dia marcado para o segundo confronto, torcedores do River Plate apedrejaram o ônibus do rival Boca Juniors, quando o veículo se aproximava do estádio. O capitão Pablo Pérez, do time de La Bombonera, sofreu ferimentos no olho e não teria condições de jogo. Os dirigentes do Boca chegaram a solicitar uma punição ao River, responsabilizando os dirigentes do time pelos incidentes.

Em coletiva à imprensa, o ex-jogador Diego Maradona culpou diretamente o governo do presidente Mauricio Macri pelos acontecimentos. “O presidente do meu país é lamentável. O presidente enganou muita gente que ia mudar isto e estamos pior que tempos atrás. O que Macri está fazendo é o pior de todos os tempos na Argentina. É um terror sair na rua, há roubos por todos os lados”, disparou o ex-craque argentino. (UOL, 25/11).

O desfecho de toda esta situação de caos e desorganização é que a partida de sábado foi adiada para o domingo, dia 25, mas também não  aconteceu nesta data, pois o Boca Juniors se recusou a entrar em campo, alegando razões de segurança. No entanto, para aumentar ainda mais a tensão, a Conmebol não foi precisa na comunicação sobre se a partida seria ou não realizada. Torcedores do River chegaram a ficar por mais de sete horas aguardando o início da partida ou um comunicado oficial de adiamento.

A Argentina estará recebendo nesta semana (dia 30 de novembro e 01 de dezembro) os presidentes do países que compõem o G-20, que se reunirão em Buenos Aires. A Conmebol já foi comunicada da impossibilidade de realização da partida na capital do país, onde um gigantesco esquema de segurança está sendo montado para receber os líderes mundiais. Outras cidades já chegaram a se oferecer como sede da partida final, como Gênova, na Itália. Haverá uma reunião na terça-feira, dia 27, na sede da Conmebol, na cidade de Luque/Paraguai, com a presença dos dirigentes das duas equipes e os diretores da entidade na tentativa de encontrar uma solução para o impasse.

O que se pode concluir de toda esta balbúrdia é que cada vez mais o autêntico futebol vem perdendo espaço para o futebol-mercadoria, financiado e controlado pelos grandes grupos e pelas grandes corporações, onde os dirigentes das entidades (Fifa, Conmebol, UEFA e outras) são cada vez mais verdadeiros funcionários dos investidores capitalistas.

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