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Rui no DCM

Rui: “Meias soluções não são solução nenhuma!”

Uma análise política imperdível com a participação do senador Roberto Requião abordou grandes temas políticos do momento.

Em um Café da Manhã com a participação do senador Roberto Requião (MDB), Rui Costa Pimenta debateu sobre temas econômicos e políticos do Brasil e do mundo. Sob o comando de Leandro Fortes e moderação de Sara Goes, o programa de análise política com o presidente do PCO vai ao ar toda quinta-feira pela manhã. Abaixo, um resumo dos principais temas abordados.

Sobre o problema do clima e a demagogia dos Estados Unidos, o maior poluidor do planeta, Rui afirmou que não há qualquer preocupação da burguesia imperialista com o clima. Joe Biden, buscando se apresentar como alguém democrático, escolheu esses temas “tangenciais, do ponto de vista da democracia, não são temas essenciais, para mostrar uma face democrática, enquanto ele prepara uma série de coisas profundamente anti-democráticas”. O conflito com China e Rússia são uma amostra dessa política nada democrática no que diz respeito às questões políticas fundamentais.

Ao contrário do que muita gente pensa, Bolsonaro e Biden estão se alinhando, com acenos favoráveis do presidente brasileiro ao seu chefe imperialista, incluindo o discurso do Bolsonaro na cúpula do clima que seguiu a política demagógica do presidente norte-americano.

Sobre a política do Biden, Rui classificou como uma política de “reestruturação da dominação imperialista mundial” com, além de outras tantas medidas, um pacote econômico que tem impactos sobre a China e a Rússia e na situação interna dos Estados Unidos. A América Latina é essencial nessa política, visto se tratar de uma região que é a zona de influência principal dos EUA que serve como base para uma política de dominação mundial sólida. Nesse cenário, Bolsonaro é uma alternativa para o controle do imperialismo sobre o principal país latino-americano.

“Os norte-americanos não podem aceitar a vitória eleitoral do Lula, por mais que o Lula tenha uma posição moderada, porque acabaria subvertendo esse quadro político que eles querem estabelecer. Então, é preciso deixar o Bolsonaro como alternativa, até porquê, até o momento, do ponto de vista do bloco dominante brasileiro, ele é a principal alternativa. Não apareceu nenhuma outra, se você destruir Bolsonaro como alternativa, você acaba impulsionando uma vitória eleitoral do Lula – se ele for candidato, que é algo que ainda está com um ponto de interrogação apesar do otimismo do pessoal”.

O programa apresentado pela Fundação Perseu Abramo (ligada ao PT) foi tema do debate entre Rui e Requião, com crítica de ambos ao programa político atual apresentado pelo Partido dos Trabalhadores. O PCO foi muito crítico dessa mesma política de manutenção dos pilares do neo-liberalismo e conciliação de classes durante os quatro governos do PT, com exceção do último momento do governo Dilma em que a defesa contra o golpe foi colocado à frente pelo PCO. Esse programa não reflete nenhuma perspectiva de grande progresso nacional, é um programa desanimador, um verdadeiro anti-clímax do espírito de luta contra o golpismo e o fascismo do qual muitas pessoas estão imbuídas

Na atual situação política, não está colocado um governo de conciliação como em 2022. A candidatura do Lula deve ser entendida com tudo o que aconteceu desde aquela primeira eleição do PT. A situação toda é muito fluída e pode mudar muito rapidamente, mas “até o momento não vejo a candidatura do Lula como sendo uma candidatura que possa ser assumida pelo bloco dominante que é um bloco intimamente associado com o imperialismo e acho que isso é mais importante, nesse momento, do que o programa que o PT professa, ou seja, o movimento político é mais importante do que aquilo que as pessoas dizem que vão fazer”.

O programa do PT deveria ser, não um programa administrativo para ser aprovado no cartório eleitoral, mas como um programa de mobilização popular, para as grandes massas, para as multidões. A situação brasileira é calamitosa e esse tipo de solução morna não irá resolver o problema do Brasil. O “meio-de-campo” ou o chamado “centro” político está completamente esvaziado aqui no Brasil e em todo o mundo, o neo-liberalismo social já fracassou na Europa. “Esse espaço político da conciliação, do neo-liberalismo cor-de-rosa, está desaparecendo completamente. O país está polarizado (…), o pessoal quer uma solução radical para os problemas do Brasil por quê? Não é um produto da imaginação dessa gente. O país está numa situação em que meias soluções não são solução nenhuma. É com esse espírito que estamos apoiando uma candidatura do Lula (…)”.

Sobre a situação econômica mundial, Rui explicou que está havendo uma rearrumação na economia neo-liberal no mundo com o Biden adotando uma política que tende a atrair indústrias que estava fora dos EUA. O papel do Brasil nesse rearranjo mundial seria o de mero exportador de matéria-prima para ser industrializada em outros países. Portanto, a economia industrial brasileira tende a continuar diminuindo por causa dessa situação. Além disso, há falência generalizada nos Estados Unidos e uma população pobre altíssima. Então, a saída de empresas industriais do Brasil tende a continuar.

Um eventual governo Lula não alteraria essa tendência. O melhor momento do governo Lula foi durante a alta das matérias-primas, enquanto que outros países , como a China, investiram em indústrias. Essa política do PT tem que ser criticada porque um governo Lula, caso aconteça efetivamente, com essa política, seria um governo de grande frustração. Para Rui, é estranho que a direção do PT não enxergue isso.

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