A Dataprev suspendeu o plano de saúde de seus trabalhadores em plena pandemia causando uma onda de protestos. A decisão contraria o acordo coletivo de trabalho fechado para 2019 e 2020, que e ainda estava vigente.
A Dataprev é empresa pública vinculada ao Ministério da Economia e responsável pela base de dados de toda população brasileira. Além da gravidade de deixar os trabalhadores sem plano de saúde no meio de uma crise terrível de saúde pública, a empresa também não ofereceu a categoria nenhum tipo de aumento salarial.
Devido a tantos ataques, os funcionários da empresa decidiram-se pelo início de uma greve a partir do próximo dia 8 de março. No dia 2 foram realizadas assembleias estaduais. Algumas cidades já haviam aprovado a greve durante a semana passada, como Rio Grande do Norte, na Paraíba, São Paulo, Brasília e Ceará.
Já em maio do ano passado, quando acontecia a campanha de negociação a pauta de reivindicações da categoria entregue a empresa não foi aceita.
Segundo Socorro Lago, da Coordenação Nacional de Campanha Salarial da Dataprev e Secretária de Mulheres da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados), os acordos estão sendo renovados desde então para evitar retirar direitos dos funcionários. Afirmou ainda que a Dataprev vem desconsiderando a organização sindical, e se utilizou do método de coagir os trabalhadores, chegando a enviar e-mail pessoal para dizer que a renovação do Acordo Coletivo está condicionado a retirada de algumas cláusulas, entre elas a que envolvem o plano de saúde.
Só no ano passado, a DataPrev fechou 20 unidades e demitiu centenas de trabalhadores, com a administração dominada por bolsonaristas, vem passando por uma facilitação interna para o processo de privatização, promovendo o desmonte.
Os ataques aos trabalhadores brasileiros, inclusive dos prestadores de serviço público, como no caso da categoria do Dataprev, estão mais violentos em pleno momento de pandemia.
Em tese, segundo ao ordenamento democrático do Estado, o governo deveria promover a seguridade dos trabalhadores públicos e privados e garantir serviços essenciais para a população.
Mas ao contrário do que muitos pensam esse estado democrático deixou de existir no Brasil faz tempo, e o povo só trabalha para garantir os lucros dos capitalistas decadentes internacionais. A promoção da opressão do trabalhador é um projeto coordenado levado a cabo pelos entreguistas de extrema direita brasileiros.
A necessidade de uma resposta contundente da população oprimida é urgente nesse sentido. A marcação da greve dos trabalhadores do Dataprev é mais que acertada, deve ser combativa e buscar se unificar com movimentos de outras categorias para derrotar o golpista e salvar o serviço público e direitos trabalhistas.
Todo apoio a greve contra a retirada de direitos do Dataprev, contra Bolsonaro e todos os golpistas.