No último dia 8 de janeiro, a direção da Dataprev anunciou a demissão de 493 (15%) dos seus 3.360 trabalhadores e o encerramento das atividades em vinte estados. A privatização dessas estatais representa a abertura de dados sigilosos e estratégicos do país, de empresas e de milhões de brasileiros.
Diante da privatização imposta pelos golpistas, os servidores da DATAPREV começaram uma greve no dia 21 de janeiro em três estados, Rio Grande do Sul, Pará e Maranhão, e rapidamente se espalhou por diversos estados: Brasília, Ceará, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, Bahia, Paraná, Maranhão, Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Pará, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Amazonas. Essa é uma das maiores greves da história da DATAPREV.
A paralisação ocorre em resposta ao processo de privatização da empresa pública de tecnologia, que hoje é responsável por todo o banco de dados da Previdência no Brasil. Os trabalhadores protestam contra as demissões em massa.
A Dataprev é uma empresa estratégica, pois processa diversos dados previdenciários: são 50 bilhões em benefícios do INSS, o que representa R$ 555 bilhões por ano, também cuida do seguro desemprego, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Cadastro Nacional de Informações Sociais, do Sistema de Benefícios do INSS e da Intermediação de Mão de Obra e do Cadastro Brasileiro de Ocupação.
Esta é a política dos golpistas: jogar os trabalhadores na sarjeta para garantir os lucros astronômicos dos bancos e das instituições financeiras, que compraram os votos a favor da “reforma” da Previdência no Congresso Nacional para se apropriar de uma massa bilionária de recursos públicos.
Todo apoio à greve dos trabalhadores da Dataprev! É necessário uma greve nacional com ocupação das unidades para impedir as demissões em massa, o desmonte e a privatização da empresa, que foi incluída no programa de privatizações anunciado pelo Chicago Boy Paulo Guedes.