O advogado Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, relator do caso de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público, pautou para 18 de agosto o pedido de remoção do procurador da coordenação da Lava-Jato em Curitiba, que foi solicitada pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO).
A senadora considera que Dallagnol “expor” a Lava-Jato por conta de seus métodos – seja lá o que ela quis dizer com essa colocação genérica – e, por isso, seria hora de o procurador deixar a coordenação da força-tarefa. Para os especialistas em questões ligadas ao conselho, Bandeira de Mello aceitará o pedido.
Mello cedeu 10 dias de prazo para que três pessoas se pronunciem sobre o pedido de Kátia Abreu: o procurador-geral, Augusto Aras, o corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima, e o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Jr, relator de processo disciplinar contra Dallagnol. Lembrando sempre que estes indivíduos também estiveram ligados ao golpe de Estado e que, frente a crise que se abriu após as revelações das ligações do FBI na operação golpista, a direita parece tentarel dar uma repaginada nos seus atores.