Após as declarações do golpista Jair Bolsonaro sobre Fernando Santa Cruz, vítima da ditadura e pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, tripudiando de uma pessoa assassinada e torturada pela ditadura militar sob custódia do Estado, uma série de reações de repúdio ao governo se desencadearam espontaneamente. Nas redes sociais isso pôde ser medido por meio dos assuntos mais comentados, como os Trending Topics do Twitter. Durante grande parte da terça-feira (30), o assunto mais comentado foi o impeachment de Bolsonaro já (#IMPEACHMENTDEBOLSONAROJA).
Uma campanha que aconteceu de forma espontânea e que expressa a rejeição popular à continuidade do governo. Dessa vez, sob o estímulo das declarações de Bolsonaro tripudiando de uma vítima de um regime ditatorial. No Twitter, o perfil da CUT, maior e mais importante central sindical do Brasil, também publicou diversas postagens sob a “hashtag” IMOEACHMENTDEBOLSONAROJA.
Medida só beneficia mercado financeiro.
A distribuição de 100% dos lucros do FGTS vai reduzir os R$ 9 bilhões ao ano que o Fundo libera para o trabalhador de baixa renda dar de entrada na compra da casa própria#IMPEACHMENTDEBOLSONAROJAhttps://t.co/LkJsi1jh4z
— CUT Brasil (@CUT_Brasil) July 30, 2019
Discurso de Bolsonaro dá "carta branca", diz indígena sobre morte de cacique
Ele também voltou a defender a mineração em terras indígenas, norma que só pode ser revista por meio de autorização do Congresso Nacional.#IMPEACHMENTDEBOLSONAROJA https://t.co/LcLg2dzUgE
— CUT Brasil (@CUT_Brasil) July 30, 2019
Desde o anúncio do congelamento de 30% na verba do Ministério, estudantes, professores e trabalhadores vêm denunciando nas ruas o desmonte do ensino público.#IMPEACHMENTDEBOLSONAROJA https://t.co/CWAMRJUunW
— CUT Brasil (@CUT_Brasil) July 30, 2019
Esse é um sinal animador relativo ao clima político que pode estar se impondo diante da crise do governo, apesar da paralisia da esquerda nesses primeiros meses do governo de Bolsonaro. Ainda não é um chamado ao Fora Bolsonaro, mas indica que não será possível continuar ignorando a ampla oposição popular a simplesmente ficar assistindo Bolsonaro governar até 2022.
Esse clima deve ser aproveitado para mobilizar os trabalhadores pelo fim do governo Bolsonaro. O governo está em crise e sofre com uma enorme impopularidade. Mas justamente por isso, ao mesmo tempo é um perigo. A oportunidade de convocar grandes atos contra o governo em torno da exigência de seu fim não pode ser desperdiçada, sob pena de todo o movimento operário ter que pagar muito caro por isso.
Bolsonaro demonstrou com suas declarações favoráveis à tortura e ao assassinato até onde está disposto a ir contra a população se tiver condições para isso. Hoje seu governo é fraco, amanhã pode estar estabilizado. Não se pode correr esse risco. É hora de tomar as ruas contra Bolsonaro e pelo fim de seu governo.