A CUT fez uma reunião e tirou dela a avaliação de que a greve geral de 14 de junho foi positiva e é contra a reforma da Previdência porque “retira direitos fundamentais da classe trabalhadora”, segundo documento divulgado.
No entendimento da central sindical, o relatório da reforma da Previdência, apresentado nesta quinta-feira (4) na Comissão Especial que analisa a PEC 006/2019, será votado em plenário na Câmara dos Deputados até o próximo 18 de julho, um dia antes do início do recesso parlamentar. Por isso, a CUT reforça também que é “o momento de aglutinar forças em torno das ações de massa já programadas para o período”.
Além da luta contra a reforma da Previdência ser prioritária, a direção da CUT propõe uma luta mais geral em defesa da democracia e da soberania nacional e a exigência de apuração dos fatos sobre o envolvimento do Sérgio Moro e da Operação Lava Jato na prisão política de Lula.
Em resumo, a direção da CUT aprovou as seguintes resoluções:
1 – Intensificar a luta contra a reforma da Previdência neste mês de julho, fortalecendo a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado, aumentando a pressão nas bases eleitorais dos parlamentares e intensificando a mobilização sindical e popular, criando condições para nova ofensiva contra a mesma em meados de agosto.
2 – Dar continuidade à luta pela libertação do ex-presidente Lula, envolvendo nossas bases nas atividades promovidas pelo Comitê Nacional Lula Livre e ampliando as ações no plano internacional, através dos Comitês criados em diversos países. Como desdobramento dessa ação, exigir a demissão do Ministro Sergio Moro.
3 – Dar continuidade à luta em defesa das empresas públicas e estatais e da soberania nacional, fortalecendo e unificando as ações promovidas pelos setores sindicais diretamente atingidos pelas privatizações.
4- Agilizar o processo de atualização do projeto político-organizativo da CUT a ser debatido no 13º Concut.
Porém, apesar de tudo, a CUT mostra uma posição vacilante diante da luta contra os golpistas. Por mais que tenham aprovado a luta pela liberdade de Lula, a central não chama uma mobilização popular para derrubar o governo de Bolsonaro.
Quer dizer, criticam Moro e a Lava Jato e querem a liberdade de Lula, mas para eles uma coisa não está conexa com a outra. Se Lula foi alvo de um processo ilegal e por isso foi tirado das eleições, isso torna também o processo eleitoral,ilegal. Portanto, Bolsonaro no governo é consequência de um processo ilegal.
A exigência da “demissão de Moro” é uma capitulação para não exigir a derrubada de Bolsonaro e todos os golpistas. Portanto, dia 12, todos às ruas pela liberdade de Lula, sim, mas também pelo Fora Bolsonaro para pressionar as lideranças a adotarem esta política.