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Sindicato é para lutar

CUT-DF: de sindicato a repartição pública de governo de direita

Os sindicatos estão fazendo uma política de apoio a governos de direita. Sindicato é para estar aberto e defendendo o trabalhador e não servir como hospital

A direção da CUT/DF, no último dia 07 de abril, na figura do seu presidente, Rodrigo Rodrigues, enviou ao gabinete do direitista Ibaneis, governador de Brasília, ofício disponibilizando a sede regional Central Única do Trabalhadores do GDF para que o governo possa realizar atendimento à população em ações preventivas do Covid 19. Além disso, Rodrigues “reconhece a importância dos esforços que o GDF tem feito para conter a disseminação do coronavírus no DF. ‘As medidas de isolamento social, fechamento de comércio e escolas, suspensão eventos públicos e outras determinações são essenciais e totalmente acertadas…’”(site CUT-DF 7/04/2020)

Antes dessa medida da CUT-DF, o Sindicato do Professores no DF (Sinpro), filiado à Central, já havia posto à disposição, do reacionário governo Ibaneis, as instalações do sindicato (quatro sedes e uma chácara), medida essa que também foi acompanhada pela direção do Sindsep (Sindicato dos Servidores Públicos Federais) que disponibilizou uma van do sindicato para o cadastramento de desempregados e domésticos para receber o auxílio emergencial.

As medidas das direções das principais organizações de esquerda da Capital Federal mostram que esse pessoal da direção perdeu totalmente a cabeça, partiram para uma política transloucada, uma verdadeira fantasia quando pintam o governador Ibaneis de Batman em defesa da Gotham City Brasília.

Ibaneis é um elemento reacionário da direita e, pior, da extrema direita, que está militarizando as escolas do Distrito Federal, corte dos recursos para educação, baixa o sarrafo nas manifestação dos trabalhadores e dos estudantes através do seu aparato militar, está privatizando todas as empresas públicas do DF, rebaixando salários, demitindo em massa, etc., enfim, uma política que se contrapõe frontalmente às necessidades dos trabalhadores e de toda a população.

Diante das dificuldades de enfrentamento contra o vírus, está havendo por parte da esquerda, uma capitulação monstruosa diante da direita.

O governo impôs como única medida o confinamento da população em suas casas (agora já passa a ser parcial, já que está liberado as aberturas das agências bancárias, loterias e correspondentes bancários), quando não há sequer um sistema de testes para separar os doentes do restante da população, não há leitos nos hospitais públicos para atender a demanda por procura, não tem material de higienização no mercados, etc. Além da epidemia do coronavírus, Brasília vive uma epidemia de dengue com aumento de casos em mais de 200%, sem que sejam tomadas as mínimas providências, isso sem falar de outros doenças que só avançam no DF como a malária, febre amarela.

O governo, através do confinamento, tenta estabelecer uma ditadura para ocultar que não têm qualquer plano real de contenção da epidemia.

O sonho de cor de rosa de fique em casa e receba a comida pelo Ifood é uma fantasia total. O povo não tem nada. O governo faz a campanha de fique em casa quando o trabalhador é obrigado a ir trabalhar se expondo ao vírus para atender aquele que estão em casa. Os operários das fábricas, caixas de supermercados, bancários, trabalhadores dos transportes, dos Correios, construção civil e muitos mais, estão trabalhando e outros estão perdendo os seus empregos.

É uma coisa desumana as organizações dos trabalhadores fecharem as suas portas e deixá-los se virarem sozinhos, a mercê dos governos golpistas que só tem soluções para os capitalistas. Para o povo não existe nenhuma medida eficaz.

É esse governo direitista, que tem a política de sucatear a saúde pública e matar o povo, para beneficiar os capitalistas da saúde, que a esquerda quer socorrer?!

Ao contrário dessa política das direções sindicais de “cada um por si e deus por todos” abrindo mão do princípio de solidariedade de classe, a CUT-DF e seus sindicatos filiados devem abrir imediatamente as suas portas, para os seus trabalhadores, e organizar uma verdadeira luta contra aqueles que decretaram que os trabalhadores pagem pela crise do coronavírus, inclusive com as suas próprias vidas.

A CUT e os sindicatos não tem que oferecer as sua sedes, de maneira nenhuma, para os seus algozes. Exigir que, ao invés do governo desviar recursos públicos para empresários, como por exemplo a parceria com o administrador do Estádio Mané Garrincha em transformar, parte dele, em hospital de campanha, transformar a cidade administrativa, um grande complexo, novinho em folha e totalmente abandonado, em complexo hospitalar, ou mesmo estatizar os leitos dos hospitais privados como medida de emergência, etc.

A esquerda caiu numa política de unidade nacional – que é típico de toda vez que tem uma crise da burguesia – e chama o povo para essa tal união para a gente se abraçar, cantar o hino nacional, levantar a bandeira, uma questão totalmente cínica: somos agora todos bons brasileiros, enquanto isso o STF acaba de proibir que se utilize os hospitais particulares para a população pobre na atual situação da pandemia. Hospital particular é só para quem pode pagar, quem não tem dinheiro que se vire, vai morrer na periferia. Que tipo de união nacional é essa?! União nacional quando meia dúzia de banqueiros são agraciados em R$ 600 bilhões e para toda a população tem repartir R$ 40 bilhões.

Nunca como antes, a população trabalhadora precisa da ação de luta das suas organizações e é nesse sentido que elas devem atuar.

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