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Imperialismo

Curso identitário da Coca-Cola ensina a ser “menos branco”

O identitarismo é a ferramenta esquerdista dos capitalistas no mundo inteiro, mas a luta dos negros não tem nada a ver com isso

A Coca-Cola, organização símbolo do imperialismo mundial, se juntou às doutrinas identitárias – criadas pelas universidades norte-americanas para dividir a luta das massas oprimidas contra o capitalismo – e está lançando uma espécie de curso para os funcionários, para que estes tentem ser ”menos brancos”, como denunciou na última sexta-feira a psicóloga organizacional e ativista Karlyn Borysenko, que segundo ela se opõe a este tipo de doutrinação ideológica.

Em denúncia, a ativista americana postou no Twitter imagens que um dos trabalhadores da empresa teria compartilhado sobre aquela atividade online intitulada “Confrontando o racismo, com Robin DiAngelo”, e ensinado ser “menos branco” através da plataforma virtual LinkedIn Learning.

Nas imagens, é possível ler: ”Tente ser menos branco” ”Seja menos arrogante” ”Seja menos opressor”, ”tenha menos certeza” ”seja menos defensivo”, ”seja menos ignorante”, etc. Como uma verdadeira receita de bolo, os identitários explicam como lutar contra o racismo individualmente, ensinando aos brancos como lidar com os negros, mas não efetivamente mudando o regime político de conjunto, mudando concretamente a vida desta camada social extremamente oprimida pelo capitalismo.

Este capitalismo, se não for denunciado e combatido, com um programa própria pela revolução socialista, vai acabar sendo defendido por um amontoado de pequeno-burgueses universitários, com uma teoria de reformas sociais ou oportunismos políticos, como é o caso de quem promove esse tipo de curso, faturando em cima da desgraça de um povo esmagado.

A professora Angela DiAngelo, PHD em Educação Multicultural pela Universidade de Washington em Seattle (EUA), ensina e promove a chamada “justiça racial” e cobra até U$30.000 por uma aula de 60 ou 90 minutos, U$35.000 por um seminário de duas horas e U$40.000 para um evento de meio dia.

A Coca-Cola diante das críticas confirmou que este curso ocorreu, mas ressaltou que não é o “foco” principal de seu programa educacional global a questão do racismo e sim “ajudar a construir um ambiente de trabalho inclusivo”, mas Borysenko acredita que trabalhar naquela empresa “não deveria depender de se a ideia de ser menos branco é acreditada ou não.”

A notícia se espalhou pela Internet, gerou fortes críticas e até mesmo o ex-congressista republicano Scott Taylor instou os funcionários da Coca-Cola a processar a empresa e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para investigar essa possível discriminação.

Já Candace Owens, autora conservadora e fundadora do movimento Blexit (campanha para encorajar negros a abandonar o Partido Democrata e se filiar no Republicanos), criticou esse “tipo de diversidade” por seu racismo e duplo critério, já que “o mundo explodiria e haveria processos” se fosse ensinado a “ser menos negro”, e desejou que “esses funcionários processem a Coca-Cola por racismo flagrante e discriminação”.

Nesse sentido, os negros não devem ter nenhuma ilusão em relação a esse tipo de propaganda, não somente porque é uma jogada de marketing de uma das empresas que mais simbolizam o imperialismo, que efetivamente mais matou negros na história da humanidade.

Isso se trata de uma questão puramente identitária, e como este Diário já denunciou amplamente, a teoria identitária vem da crença nas reformas das instituições burguesas, sendo que o cerne do problema do negro é o próprio regime capitalista.

Isso é parte de uma política que se mostrou no Brasil de uma maneira muito nítida, no caso do Carrefour. O chamado ”racismo estrutural”, defendido por figuras como Silvio de Almeida, jurista que chegou a se juntar com os capitalistas do Carrefour para formar um ”comitê anti-racismo” após a morte de João Alberto, uma verdadeira colaboração de classe.

No final das contas, é uma tentativa de canalizar as revoltas das massas diante de salários mais baixos, discriminação, genocídio pela polícia, entre muitas outras questões concretas que nada tem a ver como usar ou não uma outra palavra no vocabulário. O identitarismo é a ferramenta esquerdista dos capitalistas no mundo inteiro, mas a luta dos negros não tem nada a ver com isso

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