A primeira medida contra a cultura, tomada por Jair Bolsonaro ao assumir o cargo de presidente, foi decretar a extinção do Ministério da Cultura (Minc). Essa medida já vinha como promessa de campanha. As atividades que pertenciam ao Minc foram entregues ao Ministério da Cidadania e a Cultura. Essa medida influenciará negativamente o futuro das produções artísticas. Via Twitter de 7 de fevereiro, Bolsonaro também criticou o financiamento estatal na cultura, dizendo que reconhece “o valor da cultura e a necessidade de incentivá-la”, mas que o financiamento não deve ser responsabilidade “de uma petrolífera estatal”.
Desde 2003 a petroleira já patrocinou mais de 4.000 projetos culturais, dentre eles podemos destacar o Festival de Teatro de Curitiba, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e grupos como o Galpão de Minas Gerais e a Cia Deborah Colker. A direção da Petrobrás em processo de avaliação para romper com os contratos firmados no governo anterior. A justificativa é de que o estado tem maiores prioridades. Ainda em sua conta do Twitter ele disse que incentivos devem ser direcionados de forma justa, enxuta, transparente e responsável, mas jamais em detrimento das principais demandas de nossa sociedade.
Petrobrás não vai investir mais nada em cultura porque a direita que tomou o controle da empresa é contra a cultura em geral. As artes tendem a expressar inconformismo na sociedade capitalista. Por isso a direita sempre tenta sufocar ou cooptar manifestações artísticas. É preciso uma mobilização imediata contra esta e outras reformas golpistas. Para combater medidas como esta, somente com a derrubada do governo ilegítimo e fraudulento de Bolsonaro e de todos os golpistas.