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Cuba resiste e combate o coronavírus, apesar do bloqueio imperialista

A pequena ilha caribenha dá uma lição de como se trata uma doença tão perigosa: com o sistema de saúde sob o controle da classe operária

Ontem (26) faleceu a segunda pessoa em Cuba contagiada pelo novo coronavírus (COVID-19). Um cidadão russo de 45 anos de idade que tinha diabetes. A primeira vítima foi um turista italiano que havia acabado de desembarcar na ilha caribenha vindo da Lombardia.

Conforme o último balanço do Ministério de Saúde Pública de Cuba, divulgado nessa quinta-feira, o número de pessoa infectadas pelo vírus subiu para 67. Estão sob vigilância clínico-epidemológica nos centros de isolamento e atenção 1.603 pacientes, sendo 1.455 cubanos e 148 estrangeiros. O jornal Granma informa ainda que 36.056 pessoas estão sendo monitoradas em seus lares através do sistema de Atenção Primária de Saúde.

Jesús Álvarez, jovem bailarino de 25 anos e primeiro cubano portador do coronavírus, conseguiu se recuperar da doença e agradeceu ao sistema de saúde de seu país. Em entrevista ao mesmo jornal, ele disse que não tem palavras para expressar o agradecimento a Cuba, que foi capaz de formar médicos, enfermeiras e especialistas tão humanos e de tanto nível profissional, graças aos quais hoje estou de volta à vida (Granma, 26/03/2020).

Ele foi infectado após sua esposa voltar de Milão, cidade da província da Lombardia, que levou o vírus para a ilha.

Mas não são apenas os cidadãos cubanos que se beneficiam do tratamento dado pelo governo operário na área da saúde desde a Revolução de 1959. Até mesmo potências imperialistas têm recorrido à ajuda médica cubana para combater a pandemia.

O pequeno país caribenho já enviou seu remédio antiviral Interferon Alfa 2B para países como Itália, Espanha, Japão, China, Venezuela, Nicarágua e El Salvador. O laboratório estatal BioCuba Farma disse que Havana está a disposição e tem todas as condições necessárias para produzir medicamentos e para cobrir toda a província chinesa de Wuhan, epicentro gerador do coronavírus.

Os médicos cubanos, também, mais uma vez, dão uma lição de internacionalismo. No início desta semana, uma equipe de dezenas deles chegou à Lombardia para ajudar a conter a doença, que já matou mais de 8 mil pessoas na Itália. Venezuela, Nicarágua, Suriname, Granada, Belize, Jamaica… tantos são os destinos dos profissionais cubanos da saúde que dão a volta ao mundo na luta contra a peste do coronavírus.

Na semana passada, Cuba foi o único país a aceitar, de braços abertos, receber um navio britânico que estava à deriva no Mar do Caribe e que não havia conseguido atracar nos EUA e no Canadá. O motivo? Ele transportava passageiros com coronavírus. A pedido do governo do Reino Unido, Cuba os acolheu. Ficou com os pacientes doentes, os tratando em suas clínicas públicas, enquanto os outros viajantes foram buscados e levados de volta para a Grã-Bretanha.

Cuba consegue fazer tudo isso – aparentemente impossível, mesmo para os países capitalistas mais avançados – graças à Revolução de 1959, que derrubou o regime fantoche de Fulgencio Batista e erguer um Estado Operário, bem nas barbas do Tio Sam.

O imperialismo norte-americano, logicamente, não aceitou tamanho insulto. Impôs ataques duríssimos ao governo de Fidel Castro, organizando desde invasões armadas até atentados terroristas e guerra bacteriológica. Mais o pior de todos eles foi o criminoso bloqueio econômico, em pé desde 1962. Ele impede que qualquer tipo de produto chegue a Cuba. Basta ter 10% de componentes fabricados por companhias dos EUA que eles não podem ser vendidos para a pequena nação antilhana, com duras penas e sanções a quem violar tal violação de direitos. E isso fere com extrema gravidade particularmente o setor da saúde.

Em 2019, por exemplo, Cuba não pôde comprar medicamentos e equipamentos especializados, que só são acessíveis em algumas patentes norte-americanas. O bloqueio impede a compra. A Secretaria de Tesouro dos Estados Unidos tem um aparato especial de controle dos produtos que Cuba compra no mundo, uma seção dedicada exclusivamente a monitorar as atividades comerciais da ilha.

Antonio Mata Salas, diplomata do Consulado cubano em São Paulo, informa ao Diário Causa Operária que seu país é obrigado a importar 60% dos alimentos que consome, o que equivale a entre 2 e 2,5 bilhões de dólares anuais. Com relação aos combustíveis, a porcentagem é a mesma. Barcos piratas – isso mesmo! – impedem outros navios de chegarem a Cuba, caso contrário são avisados de que nunca mais poderão aportar em solo norte-americano.

Com todos esses obstáculos, Cuba resiste. E combate o coronavírus.

Ontem, um grupo de economistas dos Estados Unidos pediu a seu governo para acabar com as sanções impostas à ilha, bem como a outros países, como Venezuela e Irã. No mesmo dia, o governo cubano, conjuntamente com os governos da Rússia, Síria, Coreia do Norte, China, Irã e Nicarágua, enviou uma carta às Nações Unidas pedindo que o organismo interceda e obrigue os EUA a cessarem essas sanções. Há uma grande preocupação em relação à falta de estrutura sanitária causada pelas sanções em meio à pandemia do coronavírus.

Mas a realidade é que o governo dos Estados Unidos – que controla a ONU – não tem o menor interesse em decretar o fim das sanções a Cuba ou a qualquer um desses países. Isso deve ser conquistado na marra, pela mobilização revolucionária dos trabalhadores do mundo todo, especialmente da América Latina, para expulsar o imperialismo da região, conquistar a independência do continente e se juntar solidariamente a Cuba, pioneira e inspiração da luta de nossos povos.

E os cubanos sabem disso. Como disse o companheiro Antonio Mata Salas a este diário: “o socialismo é a única forma de resolver os problemas.”

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