O governo de Cuba anunciou o aumento de 60% do salário para os trabalhadores do baixo escalão do serviço público estatal na última quinta-feira (27).
O ministro de Economia e Planejamento, Alejandro Gil Fernández, afirmou que a medida abarca 1.470.736 trabalhadores “dos organismos da Administração Central do Estado, dos órgãos locais do Poder Popular, das organizações e associações”. Esses gastos adicionais, no entanto, não irão elevar o déficit orçamentário do Estado no ano de 2019.
As medidas anunciadas esta semana pelo governo da ilha incluem também o aprimoramento dos investimentos econômicos para tentar desenvolver o país mesmo com um bloqueio que dura quase 60 anos e a sua intensificação.
Segundo o portal Cubadebate, Gil Fernández comentou que o fundamental das novas medidas é procurar defender a produção nacional, diversificar e incrementar exportações, substituir importações, fomentar a cadeia produtiva, potencializar a empresa estatal, avançar na soberania alimentar, promover o desenvolvimento local, cumprir as políticas habitacionais e colocar o desenvolvimento científico em função da resolução dos problemas.
O presidente do país, Miguel Díaz-Canel, destacou que as medidas foram tomadas após meses de amplos debates e discussões por toda a ilha, após ouvir a opinião da população, bem como, por exemplo, as propostas da Central de Trabalhadores de Cuba.
Cuba enfrenta um aumento do cerco econômico e político do imperialismo. O governo de Donald Trump impôs um maior rigor na aplicação da Lei Helms-Burton, elevando o nível das sanções contra a ilha.
A nação caribenha tem conseguido sustentar sua independência graças à Revolução de 1959, que estabeleceu um Estado Operário e expropriou a burguesia, bem como aos recentes acordos que aumentaram a parceria com atores fundamentais da geopolítica internacional para os países da América Latina, como a Rússia e a China, que são aliados de Cuba e ajudam na resistência econômica do país frente aos ataques imperialistas.