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Ramalhão no desespero

Crise: time de melhor campanha do Paulistão pode ficar sem elenco

Crise da Pandemia de Coronavirus, pode acabar com sonho do Santo André Esporte Clube de chegar ao título do campeonato

O Santo André Esporte Clube, um dos mais tradicionais clubes do ABC Paulista, (que conta ainda com o Água Santa de Diadema) corre o sério risco de não continuar no campeonato Paulista, caso o mesmo não retorne rapidamente. O clube do ABC, também conhecido por Ramalhão tem a melhor campanha do Paulistão antes da paralisação por conta do COVID 19, a frente inclusive, durante todas as dez rodadas jogadas até o momento, da milionária equipe da Sociedade Esportiva Palmeiras, corre sérios riscos de perder quase que seu elenco inteiro por conta da pausa do futebol devido ao novo coronavírus. Com a paralisação, o contrato da grande maioria dos jogadores do clube irá acabar após o início do mês de Abril, período no qual o campeonato acabaria originalmente.

Conforme divulgado pelo diretor de futebol do Santo André , Edgar Montemort, 20 de seus atletas terão seus contratos encerrados no dia 10 de abril, incluindo Ronaldo, artilheiro da equipe no Paulista, que já têm acordo apalavrado com o Sport Recife para a disputa do Brasileirão.

Ainda segundo o dirigente, as coisas podem piorar se a paralisação ultrapassar essa data. “Se demorar para retornar a competição, fica inviável a participação do Santo André de forma competitiva. Não só do Santo André, mas de qualquer clube médio ou pequeno. Eu acho que seria injusto o Santo André retornar na competição jogando com a base ou com um time contratado às pressas”, completou.

O Santo André juntamente com Água Santa, Inter de Limeira e Guarani de Campinas são os clubes que no segundo semestre não disputarão nenhuma divisão do campeonato brasileiro (que vai da Série A até a Série D), fazendo com que estes clubes já iniciem o campeonato com data certa para se desfazer de todos os atletas. Tal situação que atinge 85% dos clubes profissionais no país, faz com que a grande maioria dos atletas de futebol tenham apenas o primeiro semestre do ano como atletas empregados, sobrevivendo de bicos ao longo do segundo semestre. Dos 742 clubes profissionais do país, apenas 128, tem o segundo semestre garantido.

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