A crise do capitalismo se aprofundou ainda mais com a epidemia da COVID-19 que assombra o mundo e ganhou características catastróficas para o sistema como um todo. Não há precedentes na história, o desemprego explodiu em todos os países do globo, o esforço dos governos em salvar os lucros dos bancos e grandes capitalistas é gigantesco. Há setores da economia totalmente parados como o turismo atingido desde transportes até hotelarias, comércios e restaurantes. A crise não poupa nem mesmo o esporte e tampouco aqueles milionários como é o caso da Formula 1 onde as equipes menores correm o risco de extinção.
Sebastian Vettel, piloto da Ferrari, uma das equipes mais ricas da Formula 1, manifestou preocupação com a existência das equipes menores que, em decorrência da intensificação da crise econômica global pelo novo vírus Corona, estão sendo fortemente afetadas e correm risco de desaparecer. As equipes mais afetadas pela crise são Williams, Haas e Alfa Romeo. O piloto declara que é preciso um esforço coletivo das equipes do grid para salvar o espetáculo e manter as equipes ameaçadas de extinção. Obviamente, as equipas mais ricas como Ferrari, Mercedes e RBR, também afetadas pela crise, não se propuseram a ajudar.
A crise na Formula 1, uma modalidade só para milionários e cujas equipes são ligadas a grandes montadoras, revela a gravidade da crise mundial. Imagine, como este diário já vem denunciando, o que serão de atletas dos clubes pequenos de futebol, do esporte amador, dos atletas olímpicos de modo geral. A crise arrasta todos os setores da atividade humana para destruição: o esporte, a cultura, a arte. Por natureza esse sistema não só não é capaz de atender as necessidades da população, que está, a mercê da própria sorte, sem serviços de saúde e sendo arrastada para a miséria, também não é capaz de se manter vivo.
É preciso que a população mundial se organize em torno de uma política de luta pela preservação dos empregos e toda atividade humana. O capitalismo não pode atender as necessidades da população para manter o lucro da burguesia. É preciso uma política global de enfrentamento tanto aos regimes de países imperialistas quanto aos governos subservientes do imperialismo de países atrasados, responsáveis pela miséria e destruição das condições de vida da população mundial.