Com o aumento estratosférico do número de contaminações e de óbitos no país inteiro, chegando ao absurdo de três mil mortos por dia, devido a política genocida, tanto do governo federal, quanto dos governos estaduais, oito estados da federação decretaram a paralisação total dos seus campeonatos. São Paulo, Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Tocantins e Paraná, onde a suspensão é parcial devido à situação de algumas prefeituras do interior do estado não terem decretado estado de lockdow, mas em Curitiba houve a proibição da realização de jogos e treinos.
Não é de hoje que há, por parte de jogadores, comissão técnica, trabalhadores, na esfera futebolística, um desacordo de, como a CBF e as Federações Estaduais de futebol vêm se comportando em relação à pandemia do coronavírus, deixando rolar solto os campeonatos e consequentemente, o aumento da contaminação nos estádios brasileiros.
Sempre é bom lembrar dos casos que aconteceram em 2020. No Clube de Futebol e Regatas Flamengo teve, entre atletas e funcionários, 38 casos confirmados de contaminação pelo vírus covid-19, além de 25 familiares ou trabalhadores das casas de atletas e funcionários do clube. Mesmo com a gravidade da situação nada impediu que os cartolas do futebol mantivessem, a partir do segundo semestre de 2020, os campeonatos no Brasil, com o apoio, é claro, o governo genocida Bolsonaro, que entusiasticamente fez coro pela volta do futebol conjuntamente aos magnatas do mundo esportivo.
Logo na primeira rodada, com o retorno do Brasileirão série A no segundo semestre, a partida entre Goiás e São Paulo, em agosto, ficou marcada por um surto de covid-19, com 10 jogadores do Goiás infectados. Em novembro nada mais do que 60 jogadores estavam contaminados pelo novo coronavírus, além de treinadores e trabalhadores dos clubes.
Já no começo deste ano, no campeonato paulista, o Corinthians atingiu oito jogadores e 11 membros da sua equipe de futebol profissional, caso dentre outras centenas que já aconteceram como a morte pelo novo coronavírus, aos 33 anos de vida, do dirigente do São Paulo Crystal, da região metropolitana de João Pessoa.
Com tantos casos de contaminação e de óbitos nos campos de futebol brasileiro, o melhor a fazer, sem sombra de dúvida, é paralisar as atividades esportivas até que todos estejam vacinados. Para isso é preciso que haja toda uma preparação para que se sustente dezenas de milhares de empregos e famílias que dependem de algum tipo de auxílio para que os trabalhadores não venham a morrer de fome durante a paralisação. Além disso é necessário que a paralisação dos campeonatos não fique restrito apenas ao atuais regiões, estendendo a paralisação a todos os campeonatos, em que os cartolas insistem em manter os jogos, colocando em risco toda a comunidade esportiva daquelas regiões.