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ataque às mulheres

Crise piora a situação das mulheres nos prostíbulos

governo tucano e polícia fazem vista grossa para os locais

Uma série de matérias lançadas recentemente no sítio da Central Brasileira de Notícias (CBN), intitulada “Sem Disfarce”, revela a participação da prefeitura tucana e da polícia na exploração de mulheres nos prostíbulos de São Paulo.

Ao conversar com um repórter no “Sabará Club”, na zona sul, um dos sócios da boate admite que paga propina aos policiais da 99° DP, onde funciona a Delegacia da Mulher, e para a Delegacia Seccional da região:

Sócio: Nunca eu levo problema pra delegacia, pra distrito nenhum.

Repórter: Porque eles não podem dizer que não sabem que aqui funciona…

Sócio: É claro! Eles pegam. Tem que pegar a mensalidade. É igual jogo, a mesma coisa.

Repórter: A mensalidade é alta?

Sócio: Tem que dar um café para os caras, se não… Nada funciona na ilegalidade sem ter conversa com alguém.

Na conversa também é revelada a participação do advogado Leandro Vidotto, chamado pelos cafetões dos prostíbulos de São Paulo de “associação”, uma vez que faz a distribuição de propina. Vidotto negou o envolvimento.

A situação piora quando o sócio fala sobre o envolvimento de menores nos prostíbulos:

Sócio: Menor é a pior desgraça. É melhor ele achar um quilo de cocaína aqui do que achar uma menor. Teve um conhecido meu que tinha uma menor. 16 anos dentro da casa. Os caras queriam R$ 200 mil.

Repórter: R$ 200 mil?

Sócio: Isso se você pegar um ‘polícia’ corrupto, se você pegar um cara que cumpre a lei mesmo, você tá f*.

Repórter: R$ 200 mil pra manter a menina menor lá?

Sócio: Não! Pra manter aberto! Ela tem que sumir de lá.

Repórter: Ah é?

Sócio: Ela some, mas você fica com o carnê. Ou paga à vista ou não paga. Mas eles querem o dinheiro, não faz nada de graça pra ninguém na amizade, não. ‘Fita’ dessa aí é cadeia direto.

Conversas pela rede social Whatsapp revelam que a presença de menores é aceita dentro dos prostíbulos, necessitando apenas de algumas precauções:

Tem que ver sua aparência. Se você aparentar ser bem menor que 18 anos fica complicado. Nem eu pego e nenhuma outra casa pega, entendeu? Mas nada que, dependendo aí, nada que uma maquiagem bem carregada, resolva, entendeu? Isso aí a gente dá um jeito. Mas eu tenho que ver mais ou menos como é sua fisionomia, entendeu? Igual eu te falei.

Alguns prostíbulos dizem oferecer café da manhã, wi-fi, moradia, caronas das estações de metrô até o local etc. Entretanto, além da exploração sexual de menores, existem código de vestimenta (por exemplo: roupas de festa e salto alto obrigatório), percentual de ganho do programa, que varia de 50% a 80% do total, permanência mínima entre 6h e 8h, proibição de faltas etc.

A prefeitura também faz vista grossa para os locais. Eles ficam expostos, funcionam tanto durante o dia quanto durante a noite, fazem panfletagens e colocam anúncios de contratação em pequenos jornais, difícil não notar.

As mulheres que trabalham no prostíbulos são, em sua maioria, forçadas a se prostituir por conta da sua situação econômica, ou seja, por conta da pobreza. A crise, acentuada pelo golpe de Estado em 2016 e pela política de devastação neoliberal, principalmente em governos tucanos, aumentou o desemprego e, como consequência, piorou a situação da vida das mulheres, o que fez com que a prostituição fosse vista como uma opção para se sustentar.

A crise continua se acentuando e não vai parar até a queda de Bolsonaro. Com o fim da CLT, da previdência, da saúde, da educação etc., cada vez mais mulheres terão de se submeter a condições horríveis de trabalho para conseguir sobreviver. É necessário levar o povo às ruas para garantir o fora Bolsonaro, a liberdade de Lula e o fim dos governos neoliberais no país todo.

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