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Mais dinheiro para os bancos

Crise para os bancos, nunca. Dívida pública ultrapassará 98% do PIB

O FMI projeta que a dívida bruta do Brasil poderá aumentar dez pontos e chegar a 98,2% do PIB em 2020.

O FMI projeta que a dívida bruta do Brasil pode aumentar dez pontos e chegar a 98,2% do PIB em 2020. O país gastou 2,9% do PIB até agora diante da crise do Coronavírus, o que está abaixo da média do G-20, que gastou 3,5%, e também abaixo de economias mais desenvolvidas como Estados Unidos e Alemanha, com pacotes de gastos que chegam a 5,9%. Quanto ao crescimento econômico, o Brasil tem previsões de uma retração de 5,3% este ano, e a economia mundial uma queda de 3% .Mais uma vez, o capitalismo mostra sua verdadeira face, em que apenas o trabalhador paga por suas crises, e os bancos e instituições financeiras continuam fazendo seu papel dentro da sociedade que é sugar o dinheiro do povo e do Estado. Não existe crise para os grandes bancos, estes continuam administrando e fazendo o que bem entendem com a suposta dívida bruta do país.

A verdadeira prioridade dos governos capitalistas diante da crise fica clara se pegarmos os gastos previstos para resolver o problema. Enquanto estão previstos gastos de U$3,3 trilhões no mundo todo com saúde e com medidas de apoio a pessoas e empresas, os gastos previstos com injeção de dinheiro em empréstimos e outras garantias com o mercado financeiro é de U$ 4,5 trilhões. O capitalismo como sempre se mostra preocupado em salvar a pele da pequena parcela da humanidade de grandes burgueses, onde seus interesses e negócios são considerados mais importantes que a vida da grande massa trabalhadora. Além disso, usam o Estado para criar dívidas que não foram feitas para benefícios dos trabalhadores mas todos precisam pagar por aquilo que não usufruíram. 

Enquanto isso, no Brasil, bancos privados anunciaram “doações” de dinheiro para o combate à crise. O falso altruísmo esconde que o dinheiro dos lucros bancários é um dinheiro que já pertence ao povo e vem sendo sugado há anos, dando uma falsa impressão aos trabalhadores de que os capitalistas estão mesmo interessados com a vida das pessoas, enquanto seguem cobrando taxas de juros altíssimas dos trabalhadores e também dificultado a vida de pequenas empresas para o acesso a empréstimos, que já são transações injustas. A mão que dá é a mesma que tira e vai continuar tirando pois nada sai de graça na economia capitalista, os trabalhadores terão de pagar essas “doações” em algum momento depois que a fase mais turbulenta da crise passar. 

O mercado financeiro aproveita das incertezas e da crise que está instaurada no mundo capitalista para cada vez mais serem verdadeiros parasitas as custas do trabalhador. Dentro de um cenário tão preocupante em que os trabalhadores mais pobres estão mais vulneráveis, o Estado deve dar prioridade a vida do proletariado e não ceder às pressões dos grandes bancos, nenhum dinheiro deve ser dado aos grandes capitalistas em um momento de crise de saúde e econômica.

O trabalhador não merece esmolas de R$ 600,00 para sobreviver enquanto bancos recebem valores que passam da casa do trilhão. Não é o banco que produz riqueza e faz a economia mundial andar, são os trabalhadores, e são eles que devem ser a prioridade do Estado.

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