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As condições estão dadas

Crise no governo continua, é preciso aproveitar: Fora Bolsonaro!

Em treze meses, o governo Bolsonaro já acumulou inúmeras crises que expressam sua instabilidade. É preciso aproveitar as condições para derrubá-lo.

No dia de hoje (31), o governo Bolsonaro chega ao fim do seu décimo terceiro mês. Fascista e inimigo do povo, Bolsonaro é também dono de um dos governos brasileiros mais improvisados da história recente — um governo, portanto, marcado por crises diárias.

Bolsonaro e Moro

O crescimento da extrema-direita no Brasil, que permitiu que Bolsonaro chegasse ao poder por meio das eleições fraudulentas de 2018, foi pavimentado pela Operação Lava Jato e a mobilização em torno da falaciosa luta contra a corrupção. Foi a operação golpista, comandada pelo então juiz Sérgio Moro, que serviu de pretexto para que a se organizasse e saísse às ruas.

Diante de seu papel importante para o avanço do bolsonarismo, Sérgio Moro foi convidado a integrar o governo Bolsonaro com um cargo de superministro. Assim, ao mesmo tempo em que o ex-juiz foi recompensado pelo seu desempenho na perseguição política de figuras como o ex-presidente Lula, Bolsonaro conseguiu satisfazer um setor importante de sua base de extrema-direita, que apoia incondicionalmente Sérgio Moro.

A aliança entre Moro e Bolsonaro, contudo, tem sido vítima de constantes turbulências. Vários setores da burguesia, que sustentam o governo Bolsonaro, partiram para uma ofensiva contra Sérgio Moro, em uma clara tentativa de limitar os poderes da Lava Jato, que estava atuando contra os interesses de setores mais tradicionais da classe dominante. O auge dessa ofensiva foi a divulgação de inúmeras mensagens comprometedoras de Sérgio Moro pelo portal The Intercept Brasil. Mais recentemente, a ameaça de Bolsonaro de dividir o superministério comandado por Sérgio Moro comprovou que a crise entre o presidente ilegítimo e o “herói” da Lava Jato permanece.

Envolvimento na morte de Marielle Franco

Em 2018, a então vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foi brutalmente assassinada pouco tempo depois de ter denunciado alguns agentes da Polícia Militar. O evento, que aconteceu em um momento bastante efervescente da luta contra o golpe — cerca de um mês antes da prisão do ex-presidente Lula —, levou milhares de pessoas às ruas em protesto e é, até hoje, alvo de revolta.

Na época, os bolsonaristas trataram o tema com deboche. Embora ninguém assumisse a autoria do assassinato, a extrema-direita procurou caluniar a ex-vereadora e intimidar todos os eventos relacionados à sua memória. Até mesmo placas que continham o nome de Marielle Franco foram quebradas.

Nos últimos meses, a discussão sobre a morte de Marielle Franco voltou à tona. Segundo a própria imprensa burguesa, haveria vários indícios de que o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro estaria envolvido diretamente no assassinato da ex-vereadora. Encurralado pela situação, o próprio Bolsonaro admitiu ter retirado as gravações do interfone do condomínio onde tem residência, o que fomentou à oposição a acusação de obstrução de justiça.

Expulsão do PSL

O partido que ofereceu sua legenda para que Bolsonaro se candidatasse em 2018 foi o Partido Social Liberal (PSL). Comandado desde sua fundação por Luciano Bivar, o PSL sempre foi um partido de pouca expressão no cenário nacional. No entanto, com a vinda de Bolsonaro, o partido cresceu exponencialmente e passou a ocupar várias cadeiras no parlamento e até mesmo governos estaduais.

No segundo semestre de 2019, no entanto, uma série de eventos culminaram na expulsão/saída de Bolsonaro do PSL. O presidente ilegítimo criticou publicamente Luciano Bivar, abrindo uma crise no interior do partido. A maioria permaneceu ao lado de Bivar, que falou que Bolsonaro estaria expulso do partido. Em resposta, o presidente ilegítimo está procurando formar um partido de extrema-direita intitulado Aliança pelo Brasil.

A crise no PSL mostra a fragilidade do governo Bolsonaro e os próprios limites do bolsonarismo enquanto movimento. Ficou evidente que toda a estrutura criada para levar Bolsonaro era completamente artificial e que, portanto, a popularidade do governo é muito menor do que a apontada.

Podemos se afasta do governo

O partido Podemos, que é outro partido artificial, criado em uma tentativa de aproveitar a crise dos partidos tradicionais da burguesia as eleições de 2018, decidiu se afastar do governo Bolsonaro. O partido, que possui a segunda maior bancada no Senado, continua apoiando Sérgio Moro, mas apoia cada vez menos Jair Bolsonaro.

Não há, obviamente, qualquer “arrependimento” por parte do Podemos. O partido representa os interesses da burguesia — e, portanto, não tem uma política que divirja fundamentalmente da política bolsonarista. No entanto, seu afastamento comprova a profunda crise do governo, de maneira que o Podemos procura não mas se associar com o que já está desgastado e é alvo do ódio da população.

Ministro Weintraub

Capacho dos capitalistas, Bolsonaro elegeu, como uma de suas principais frentes de ataque, a Educação Pública. A escolha não é por acaso: a Educação é vista como uma fonte de bilionárias “despesas” pelos parasitas que estão incrustados no Estado e suas instituições costumam se tornar polos importantes para a mobilização da esquerda. Por isso, apenas em 2019, foram anunciados cortes de verba gigantescos, vários professores foram perseguidos e a escolha de reitores passou a ser feita diretamente por Jair Bolsonaro. Nos últimos meses, problemas no Sistema de Seleção Unificada — SISU — e no Exame Nacional do Ensino Médio — Enem — mostraram também a sabotagem deliberada do governo Bolsonaro contra a Educação.

Os ataques à Educação, contudo, têm despertado várias reações por parte dos estudantes, professores e da esquerda em geral. Em maio de 2019, manifestações enormes tomaram conta do país. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se tornou uma figura quase tão odiada quanto o próprio Jair Bolsonaro e poderá, a depender dos ataques a serem anunciados, provocar novas manifestações contra o governo.

Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

A crise do governo Bolsonaro, que se comprova em vários outros casos para além dos já mencionados, mostra que o golpe de Estado de 2016 ainda se encontra com dificuldades de se consolidar. É preciso, portanto, aproveitar o cenário de crise para organizar um movimento que tenha como fim a derrubada imediata do governo Bolsonaro e dissolva o regime político golpista.

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