Da redação – Nesta quinta-feira (7), o governo da França convocou seu embaixador em Roma, Christian Masset, para consultas. A medida veio depois que o vice-primeiro-ministro da Itália Luigi Di Maio, do Movimento 5 Estrelas (M5S) se reuniu com uma liderança dos coletes amarelos. Ou seja, depois que um membro do governo italiano reuniu-se com uma liderança de um movimento que quer derrubar o governo francês. Di maio encontrou-se com Christophe Chalençon, que defende um golpe militar para derrubar Macron.
Essa é a primeira vez que a França convoca seu embaixador na Itália desde 1940, quando a Itália declarou guerra à França. O caso expõe mais uma fratura no bloco da União Europeia (UE), no momento em que o Reino Unido se prepara para sair da União. Além do M5S, também compõe o governo italiano a Liga, antiga Liga do Norte, um partido de extrema-direita. A Liga apoia o Reagrupamento Nacional (RN) na França, partido de Marine Le Pen que é contra a UE.
Esse embate acontece também para influenciar as eleições para o Parlamento Europeu, com uma ofensiva da extrema-direita para continuar crescendo eleitoralmente. A crise do bloco europeu expressa uma crise do regime político da burguesia imperialista na Europa. É um resultado da crise capitalista de 2008, da qual os capitalistas nunca se recuperaram.