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Festa dos banqueiros.

Crise histórica do capitalismo se acentua

Enquanto os banqueiros ficam com bolo, a população se contenta com os vestígios do guardanapo.

Em meio a profunda crise, bancos centrais entrarão em ação para salvar a burguesia de um colapso sem precedentes. Diferente do que ocorrera na crise de 1929, os ditos neoliberais, como de praxe, recorrerão ao espólio de suas respectivas economias para salvaguardar as benesses dos capitalistas. Assim, como na crise financeira de 2007–2008, os adeptos do neoliberalismo seguem a mesma receita: privação dos lucros e coletivização dos prejuízos.

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, bancos centrais do Japão e Reino Unido garantirão a estabilidade dos mercados financeiros. Segundo Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão, a instituição “se esforçaria para fornecer ampla liquidez e garantir a estabilidade dos mercados financeiros”. Já o Banco Inglês, afirmou que trabalha com autoridades do Reino Unido e parceiros internacionais no intuito de “garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas para proteger a estabilidade financeira e monetária”. A linha mestra, por sua vez, já fora dada através da declaração de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o qual, na sexta-feira (28), liberou a redução dos juros nos EUA para conter os “riscos em evolução” do vírus para o crescimento econômico. Nesse caso como nos outros citados, a questão central, segundo os dirigentes das instituições financeiras, seria o coronavírus (COVID-19).

Nada melhor do que um cenário de tragédia para que a festividade do mercado financeiro voltasse à tona. Logo após as declarações, houve uma redução das perdas do mercado acionário, que já não encontrava a “mão invisível” para se segurar; bastava-lhes, porém – uma dose do elixir da longevidade proferida do Estado. A pressão sobre os bancos centrais da Austrália e do Canadá também deve render frutos, isto é, há uma previsão, por parte dos capitalistas, de corte de juros. A Itália, por sua vez, já se compromete em aumentar seu déficit fiscal para alavancar a economia italiana. Nesse caso, portanto, serão pelo menos 3,6 bilhões de euros (US$ 4 bilhões) em aporte financeiro para salvar os capitalistas.

No Brasil a situação não é diferente. Duas medidas que equivalem a injeção do montante de R$ 135 bilhões na economia a partir de março já foram anunciadas pelo Banco Central. Todo esse dispêndio será ofertado aos bancos, para que eles operem crédito com juros mais baixos. Outra mudança está nas regras do depósito compulsório, sendo a alíquota reduzida de 31% para 25%. A medida entrará em vigor no dia 16 de março. Em suma, tais tem impacto direto no percentual de cada nova captação de depósito que a instituição financeira deve direcionar para o BC. Doravante, o retorno aos cofres públicos deve ter uma redução em média de 8,5 pontos percentuais.

Com a acentuação da crise capitalista global, a pressão sobre as instituições estatais que controlam a circulação de dinheiro, como é o caso dos bancos centrais, tende a assumir proporções ainda maiores. É exatamente nesses momentos de crise que a coerção dos capitalistas aumenta e o espólio da burguesia contra o povo projeta acúmulos de capital sem precedentes. A lógica de acumulação, nesse caso como nos outros, segue sendo um fenômeno compulsório. Enquanto os banqueiros ficam com bolo, a população é obrigada a se contentar com os vestígios do guardanapo.

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