Os impactos econômicos da crise e da pandemia começam a bater recordes de resultados negativos. No mês de abril de 2020, o setor industrial brasileiro teve uma queda de 18,8%, o pior resultado já registrado desde o início da série histórica, em 2002, segundo o IBGE. Esse é o segundo resultado negativo seguido e a indústria já acumula uma queda de 26,1% no período. Com o tombo registrado em abril, o setor ficou 38,3% abaixo do pico histórico, registrado em 2011. Em comparação com o mesmo período do ano passado o resultado é ainda pior, uma queda de 27,2%.
Dos 26 segmentos da produção industrial pesquisados, 22 apresentaram queda, principalmente em setores de produção de veículos automotores, carrocerias e reboques, com queda mensal de 88,5%. Essa forte queda influenciou os resultados de outros setores como produtos de borracha e plástico (-25,8%), metalurgia (-28,8%) e máquinas e equipamentos (-30,8%).
Os únicos setores que cresceram no período foram os produtos alimentícios (3,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,6%) e também o setor de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e higiene pessoal (1,3%). Além disso, apesar de não podendo ser divulgado por produto específico, foi registrada também uma alta numa produção preocupante: a de caixões.