Da redação – Dirigentes de sete centrais sindicais repudiaram em nota a declaração do futuro ministro golpista, Paulo Guedes – economista neoliberal que pretende entregar toda economia do Brasil -, que durante um evento no Rio de Janeiro ameaçou “meter a faca” no chamado Sistema S, cortando recursos.
“Criado no governo de Getúlio Vargas e instituído no governo Dutra, o chamado Sistema S,– constituído por Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Social do Transporte (Sest)/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) – promove ações voltadas à educação, formação profissional, assistência social, esportes, cultura, turismo social, consultoria, pesquisa e assistência a empreendedores em todo o País. As alíquotas chegam a 2,5% da folha. Não há recursos públicos”, denunciou a nota das centrais.
Diferente da imprensa burguesa, que ressalta a importância – para eles – nesta tripartite (empresário, governo, trabalhador) este diário operário atenta para outra questão: isso significa, nada mais nada menos, que os locais de educação técnica onde se formam a mão de obra especializada para a burguesia nacional, uma mão de obra barata diga-se de passagem, serão atacados pelo serviçal da burguesia imperialista.
Para explicar melhores, temos que dizer que o Sistema S, que as centrais sindicais defendem, além de formar uma mão de obra nacional, infelizmente se articulam em torno da FIESP, FIRJAN, CNI, órgãos empresariais encabeçadores do golpe contra Dilma Rousseff (PT) à mando dos EUA. Esses empresários direitistas, para derrubar um governo de esquerda, sabotaram a economia, colocaram suas maquinas contra o governo, funcionários nas ruas, criando assim, toda uma atmosfera falsa de crise para tal finalidade. Resumindo, serviram aos interesses norte-americanos, do imperialismo, com a falsa luta contra corrupção – que nunca chegará nas multinacionais -, para roubar nossa empresas, e agora, se veem confrontados pelos banqueiros.
O maior exemplo desses golpistas que apoiaram a derrubada da ex-presidenta, a Força Sindical de “Paulinho da Farsa”, um típico entreguista que participou de todo processo e agora aparece desesperado com o ataque de Guedes.
Fato é que agora, com a pressão exterior, dos grande tubarões capitalistas, lobistas, a burguesia nacional que fez parte da FIESP, os sindicatos patronais, vão ficar de fora da divisão do espólio nacional, o que aparece nesta situação como mais um racha dentro da burguesia golpista. Os interesses do governo fraudulento e golpista Bolsonaro, que tem na cabeça dos seus ministérios o economista serviçal dos Chicago Boys, Paulo Guedes, estão começando a se contrapor em grande nível à burguesia nacional e isso pode gerar um conflito cada vez maior.
É esse o significado do ataque.