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Desagregação

Crise do PSL revela-se em mensagens do WhatsApp

Vazamento mostra o aprofundamento da crise do governo e a origem de suas fraquezas

Nesta semana, conversas vazadas entre integrantes do PSL (Partido Social Liberal) e divulgadas pela imprensa burguesa escancararam o esfacelamento da legenda de aluguel utilizada para eleger Bolsonaro, o que mostra que a crise no governo golpista segue se intensificando.

Desde que a Polícia Federal foi atrás do presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, a crise interna no governo Bolsonaro se acentuou e passou a ser pública, evidenciando que o partido, que recebeu milhões da burguesia para eleger Bolsonaro, passa a escancarar as limitações do improviso da manobra da fraude eleitoral.

A crise opõe a ala bolsonarista, mais edeológica, a uma ala mais centrista, ligada a Luciano Bivar, que controla o caixa da legenda para as próximas eleições. O conflito chegou num ponto em que os grupos de mensagens do PSL se tornaram verdadeiras arenas.

Bivar reclamou “…em Recife fui agredido moralmente por um enorme grupo no bar e hoje começo a refletir até onde teremos respaldo para caminharmos” e foi respondido pelo deputado Bibo Nunes (PSL-RS) “para que vocês tomem conhecimento, por onde passo no RS, sou aplaudido pelos meus discursos e posicionamentos a favor do governo Bolsonaro e de uma política limpa.”

Julian Lemos (PSL-PB) rebateu: “Bibo, nunca vi tamanha presunção amigo para não dizer outra coisa, nunca vi tamanha fala infeliz, dado devido valor ao amigo e ao seu mandato, perceba exatamente seu tamanho nesse processo (…) vejo que lhe falta bom senso sobretudo no falar, resolva amigo, se o PSL não lhe serve resolva (sic).

Nunes continuou: “Tive uma reunião com Bivar e ele me ofereceu 1,5 milhão de reais de sua própria emenda para me comprar… A intenção do Bivar era me corromper para abrir mão do diretório. Isso não é correto. É uma vergonha.”

Bivar concluiu a discussão com uma mensagem sucinta para Nunes: “Vai tomar no c…”.

O racha foi tamanho, que não afetou apenas questões internas do PSL, mas de todo o bloco golpista. A deputada Dayane Pimentel (PSL-BA) chamou campanha em resposta aos ataques de Kim Kataguiri do MBL (DEM-SP):

“Pessoal, o Kim do MBL está todo petulante no Twitter, ofendendo Eduardo e nosso Presidente. Vamos subir a #EstouComEduardoBolsonaro”.

Também sobrou para o partido NOVO, que é tido pelos bolsonaristas como o “PYSOL” da direita, segundo o deputado Julian Lemos:

“O ‘PYSOL’ da ‘Dyreyta’ nunca vi tão populistas e gostarem de holofotes, eles tem uma tara em nos atacar, o sonho deles era ter ao menos 20 ou 30 deputados, aí iriam ver o que era briga, a vaidade aí é nível hardEles adoram quando sai notícias sobre brigas, eles se alimentam disso, é uma pena, porque vemos por exemplo o PP, DEM e PR juntando forças para dividir depois (sic).”

Um integrante não identificado do grupo, desabafou:

“O Lulismo cego da esquerda q tanto atacamos está se repetindo numa direita q ao certo nem sabemos quem são. Vejo um monte de gente da ‘pseuda’ direita se atacar e espantar uns aos outros sem critério algum (sic)”.

Estas revelações dão uma noção mais clara da crise que vive o partido do governo e o governo de conjunto. Enquanto o governo capenga e não consegue se unificar em torno do programa golpista, seu próprio partido se vê paralisado por disputas de poder internas, pelo fisiologismo e pelo oportunismo no seu nível mais alto. Esta crise permite entender as fraquezas do governo Bolsonaro, vindas sobretudo da formação do governo – do fato da burguesia contratar um partido de aluguel (o PSL) para alçar o bolsonarismo à presidência, ou seja, de um governo improvisado.

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