Uma das razões pela qual o governo de Donald Trump entrou em crise é que sua política não é a política preferencial do imperialismo. Isso é visto em diversas políticas por ele exercidas, como é no caso das sanções econômicas contra o Irã, que, apesar da principal ala do imperialismo defender a derrubada do governo de Hassan Rohani, vendo que o Irã não estava cedendo às pressões, preferiram optar por uma posição centrista de continuar atacando, porém cedendo em determinadas coisas.
É nesse sentido que o imperialismo está se colocando contra as sanções levantadas por Donald Trump. Os interesses do imperialismo no petróleo iraniano são muito grandes. Por isso, o Irã e a União Européia arrumaram uma maneira de burlar o esquema elaborado pelas sanções dos Estados-Unidos. Os europeus vão criar uma câmara de compensação, que os permitirão de serem pagos diretamente com petróleo sem precisar passar pelo dólar.
A União Européia está tentando salvar o acordo nuclear iraniano de 2015. E por isso estão criando essa entidade legal para facilitar as transições. Esse sistema permitirá as trocas com o Irã e poderá ser aberta para outros países, obviamente que com o controle de imperialismo. Seis países ainda são membros do acordo de 2015. São eles o Irã, a França, o Reino-Unido, a China, a Rússia e a Alemanha.
O fato demonstra a total crise do imperialismo. O centro do poder político capitalista mundial, os Estados Unidos, não estão conseguindo manter seu controle econômico sobre os outros países, e o fato de os principais países imperialistas da Europa burlarem as sanções norte-americanas demonstra que existe uma profunda divisão dentro do imperialismo mundial, sobretudo em relação aos norte-americanos.