O recém eleito primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, do partido Cinco estrelas, que governa em coligação com grupos Fascistas, como a Liga do Norte, anunciou em discurso que tentaria suspender contra a Rússia, que vêm sendo feitas pelo imperialismo com o intuito de atacar Vladimir Putin, presidente da Rússia. “Seremos advogados no sentido de uma abertura para a Rússia”, disse Conte.
Os ataques feitos contra Putin são orquestrados pelo principal setor do imperialismo, que defendem a União Européia. Dessa maneira, fica reafirmado o caráter político objetivo do novo governo italiano. Em mais um país importante do imperialismo, a principal ala da burguesia internacional perdeu o controle sob o regime político, onde assumiu um governo contra a vontade da União Europeia.
A declaração de Conte acontece ao mesmo tempo em que Putin se reuniu com o primeiro-ministro Austríaco, também ligado a um setor dissidente do imperialismo, que governa com uma coligação de extrema-direita. Isto é, cada vez mais, fica clara a crise do imperialismo. Donald Trump, nos Estados Unidos, também ganhou contra a candidata oficial do imperialismo, Hillary Clinton. Além disso, nos outros países, como na França foram necessárias diversas manobras e fraudes para impedir que se perdesse o controle do regime (que Le Pen da Frente Nacional fosse eleita, no caso francês).
O imperialismo e seus instrumentos, como a União Europeia, estão em crise. A extrema-direita fascista cresce no continente europeu por conta da ausência de uma verdadeira alternativa à esquerda para o regime político. Os partidos ditos de esquerda são todos ligados à principal ala do imperialismo e por isso não apresentam uma verdadeira saída para a crise. A exceção que deve ser mencionada é Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista inglês, ligado à classe operária e aos setores progressistas da sociedade, um político que vem crescendo e barrando o desenvolvimento do fascismo no país. De uma maneira ou de outra, o imperialismo vive uma profunda crise, e não é mais capaz de controlar o regime político.