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Gigante imperialista na lona

Crise do imperialismo: Inglaterra tem maior recessão em 300 anos

Em 2020 o país passou pela pior recessão no PIB desde 1709

O capitalismo ainda vive o aprofundamento da sua crise histórica, dando sequência aos enormes abalos de 2008. Mesmo após uma recuperação parcial nos anos subsequentes a economia mundial nunca conseguiu se reerguer por completo. Mesmo antes da pandemia a economia capitalista estava em uma descendente muito íngreme. Desde 2018 os grandes economistas mundiais indicam que a bolha do sistema financeiro pode estourar a qualquer momento. Hoje o Reino Unido dá o sinal de que pode ser uma das primeiras potências a “descarrilhar”.

Dados divulgados nesta semana apontam que a Inglaterra está passando pela maior recessão em 300 anos. A queda em 9,9% na economia britânica é a maior desde de que o índice é registrado oficialmente segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), os dados partem desde o final da Segunda Guerra Mundial. O Banco da Inglaterra por sua vez, afirma que essa é a maior crise desde 1709. Graças ao registro histórico do banco, a instituição consegue afirmar que o país passa pela pior crise desde a “grande geada”.

O acontecimento referido ocorreu durante a Pequena Era Glacial, um período de resfriamento global intenso que ocorreu entre o século XVI e o século XIX (outros sugerem que aconteceu entre o século XIII e o século XVIII). Nesse período, a Europa teve grandes perdas nas colheitas e os países tiveram sua população reduzida pela metade. Nos Alpes, por exemplo, aldeias inteiras desapareceram sob a neve. O capitalismo encontra-se em uma fase de tamanha decadência que voltou 300 anos em termos de controle econômico.

Vela lembrar que a situação calamitosa do Reino Unido agravou-se ainda mais com a crise do vírus Corona e o Bréxit. A postura frente a pandemia foi de deixar o vírus correr solto, uma espécie de laissez-faire sanitário, uma postura copiada em grande medida pelo Brasil e pela Suécia, cuja falta de política aparente para enfrentar a pandemia causou espanto mundialmente, porém todas as potências imperialistas tiveram uma reação semelhante, não indo além do mínimo do mínimo para não gerar uma reação popular. Esses países assumiram posições verdadeiramente genocidas para tentar não prejudicar a economia.

Atualmente os bancos mundiais estão desesperadamente pressionando a imprensa e os países para forçarem a volta às aulas. A paralisação das escolas significa uma paralisação no já parco mercado de trabalho e em toda a economia que gira em torno do abastecimento das escolas.

Embora a imprensa tente apaziguar a situação indicando que, com as vacinas e a retomada da economia as projeções voltarão a ser esperançosas para a economia britânica e até mesmo mundial, a verdade é que a crise tende a se aprofundar cada vez mais. Nenhum país ainda começou uma campanha realmente massiva de vacinação. Somente uma parcela muito pequena foi vacinada nos países e esse cenário não parece mudar tão cedo. O governo britânico também anunciou um plano de subsídios às grande empresas para tentar salvá-las (mais uma situação em que a população é deixada à míngua sem auxílio do governo enquanto os cofres são abertos para os grandes capitalistas manterem seus lucros) e, com isso, prevê uma pequena melhora no cenário econômico.

Mesmo que a situação volte para o padrão pré-pandêmicos, o que seria muito difícil, esse padrão era de aprofundamento da recessão e de enorme tensão. Nenhuma previsão econômica consegue apontar uma saída da recessão mundial.

Com o aprofundamento da crise na Inglaterra o que provavelmente acontecerá será uma irradiação dessa crise para os países com maior dependência econômica à Inglaterra e subsequentemente para toda economia mundial. A situação já está muito parecida nos Estados Unidos. Ambos os países citados estão no pódio de maior número de mortes e infectados pela Covid-19 no mundo.

O fato de que as principais potências imperialistas estão com suas economias em frangalhos, e vivem momentos de colapso social, sobretudo no caso dos EUA, indica que possivelmente temos pela frente uma crise do capitalismo jamais antes vista. Sem perspectivas de melhora e com um número cada vez mais crescente de países em crise, o desastre capitalista transforma-se pouco a pouco numa enorme bola de neve que seguirá aumentando de tamanho até que  a população encontre uma resposta organizada para a crise.

Os capitalistas estão desesperados em convencer a população de que acharão uma solução para a crise esse ano. O risco que correm é de repetir o que aconteceu em 2020, quando as previsões iniciais eram de que a pandemia iria embora no terceiro trimestre do ano. Se as campanhas de vacinação continuarem sendo fracassadas e não houver um auxílio digno para garantir a sobrevivência dos trabalhadores, o ano de 2021 será ainda mais turbulento e explosivo do que 2020.

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