Com o atrito gerado entre a Arábia Saudita, de Mohammad bin Salman, e o imperialismo, o país árabe começou a buscar novos aliados na parte oriental do globo terrestre. A crise iniciou quando uma campanha gigantesca foi orquestrada contra o país do Oriente Médio, através do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, na embaixada do país na Turquia.
Os ataques do imperialismo contra o país não foram casos humanitários. Pelo contrário, a política de Muhammad bin Salman, que ascendeu por meio de um golpe contra a ala majoritária da aristocracia, é de expansão do capitalismo saudita. Um posicionamento que preocupou gravemente a política de dominação dos norte-americanos.
O direcionamento de bin Salman continua o mesmo. Ele quer desenvolver a economia nacional, contra a dependência dos monopólios imperialistas. Por isso, nas últimas duas semanas, o governo realizou pela primeira visitas a importantes países da Ásia, como a China, a Índia e o Paquistão.
Salman disse que é preciso evitar uma crise econômica, o que é possível diante da posição submissa que a Arábia Saudita assumia diante das grandes potências ocidentais. Assim, seu plano é a expansão econômica do país e, portanto, os novos aliados são extremamente importantes.
A Arábia Saudita prometeu criar pólos industriais petroquímicos nos três países visitados, como no nordeste da China. No Paquistão, os sauditas querem conquistar também a produção no estratégico porto de Gwadar, que tem um aeroporto internacional e um posicionamento econômico e militar importante.
Além do posicionamento importante próximo a cordilheira Caracórum, que liga o Paquistão, a China e a Índia, onde também os sauditas estão procurando ganhar importância. Pois, com um financiamento conjunto à União dos Emirados Árabes (UEA), querem construir a maior refinaria de petróleo do mundo.
A ofensiva estratégica de bin Salman busca também em acabar com o monopólio do Irã na indústria petrolífera. Com esses projetos, a Arábia Saudita pode superar o Irã. O crescimento do capitalismo saudita precisa, para ser efetuado, competir com uma das principais potências da região: o Irã, que já está sendo prejudicado pelas sanções do imperialismo norte-americano. Neste sentido, Salman está aproveitando o momento.
A China vê com bons olhos a chegada dos sauditas no mercado, pois o monopólio do Irã e portanto o controle dos preços e das condições por ele será enfraquecida com a concorrência entre os dois países. A China, que tem grande demanda de petróleo, sai então beneficiada pela iniciativa da bin Salman.
Já o Irã vê a situação com preocupação. Dias antes da visita do regente da Arábia Saudita na China, funcionários do Irã foram conversar com os chineses para garantir que a diplomacia e os acordos entre os dois não sejam prejudicados.