Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Crise mundial

Crise do coronavírus, um forte indício do declínio do capitalista

A economia mundial caminha em ritmo acelerado para produzir a sua pior crise desde 1930, com indícios que possam levar até à superação daquela

Pelo menos desde 2019, analistas de mercados internacionais já apontavam que a crise capitalista de 2008 ainda não havia sido superada, ao contrário, os indícios apontavam no sentido da sua retomada. O coronavírus serviu como um catalisador que veio apressar a retomada em uma magnitude exponencial.

Há aqueles que ainda acreditam que o problema é que se trata de mais uma crise cíclica do capitalismo apenas agravada pelo coronavírus. Vivem ou pensam viver como no no século XIX ou mais exatamente até os anos 70 daquele século em plena fase adulta do capitalismo. A campanha ideológica da burguesia procura justamente alimentar essa fantasia. Tem crise, mas ela é cíclica, ajuste aqui outro acolá, algum tempo depois se retoma o crescimento econômico e a roda volta a girar normalmente.  

Mesmo no século XIX a coisa não era bem assim e a própria burguesia compreendeu tão bem essa condição, que preferiu aliar-se à aristocracia reacionária, resquício do feudalismo, a levar à frente a sua própria revolução, como ocorreu na Europa nos anos de 1848/1849, por medo daquela que já se mostrava como sua fundamental antagonista, a classe operária. 

Já no final daquele século e início do seguinte, as previsões baseadas no estudo científico do modo de produção capitalista de Karl Marx se materializaram na evolução do capitalismo, que em pouco mais de 30 anos enveredou para a sua fase de senilidade, de decrepitude, a fase imperialista.

A I guerra mundial, a Revolução Russa, a crise de superprodução de 1929 e a II guerra mundial vieram confirmar a nova condição do capitalismo. Depois de 20, 30 anos de crescimento relativo baseado na reconstrução da Europa e do Japão destruídos pela guerra, as crises que nunca deixaram de ocorrer, estão aí para demonstrar as dezenas de revoluções ocorridas nesse período, entre elas as vitoriosas chinesa e cubana e as guerras imperialistas de pilhagem contra os países atrasados, justamente para alimentar o capitalismo decrépito – as crises retomaram em ritmos cada vez maiores.

A cada crise, o capitalismo nunca retomou o patamar anterior. Crise do petróleo de 1974, crash da bolsa de Nova York em 1987, crise dos países atrasados com o fracasso da política neoliberal no final dos anos 90 e início dos anos 2000, e finalmente a atual crise, que teve o seu primeiro capítulo em 2008, conhecida como “crise do subprime”, a crise financeira que derrubou o índice Dow Jones e desencadeou uma quebra em cadeia no sistema financeiro, a partir do estouro da bolha da especulação imobiliária.

É justamente essa crise que o coronavírus vem elevando para um outro patamar. Ela já vinha em um crescimento acelerado, com o nível de especulação atingindo picos bem superiores aos de 2008, como se pode constatar pelo “crescimento” especulativo das bolsas de todo o mundo sem um mínimo lastro na economia real. 

Na retomada da crise, em grandes proporções, já se fala que as bolsas principais do mundo podem encolher em até 40%. Pelo que se tem visto desde o final de fevereiro e meados desse mês, parece ser até uma visão otimista. É difícil prever a dimensão da quebradeira mundial a começar pelo setor bancário, o parasita maior que controla a economia mundial. Sem contar os outros países imperialistas do mundo, apenas o FED – o  banco central norte-americano – torrou 1,25 trilhão de dólares para conter a iminente quebra em cadeia dos bancos nos EUA na crise de 2008. Agora, conforme anunciado pelo mesmo FED, a cifra prometida já está em 1,5 trilhão de dólares.

A retomada da crise mundial já são favas contadas. O grau de destruição da economia mundial e de decomposição do capitalismo trará consequências profundas para todo o mundo nos próximos anos, talvez décadas. Vários analistas já estimam que as consequências da presente crise podem superar às dos anos 30 do século passado. 

Para citar apenas uma delas, tivemos a II guerra mundial. Em certo sentido, o capitalismo é como um organismo vivo em sua fase de mais absoluta decrepitude, mas ao contrário do organismo vivo, que nessas condições fatalmente vai morrer, o capitalismo precisa ser derrubado, não vai morrer por si.

Esse é o grande desafio para a classe operária e para todos os explorados do mundo. 

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.