Em matéria, o jornal “O Imparcial” destaca que pesquisador aponta efeitos devastadores do coronavírus na economia mundial. A pandemia teve início em Wuhan e em poucos meses avançou mundo afora. E com as medidas de contenção adotadas gerou queda de 20% nas atividades de comércio, impactando o setor produtivo. Resultando em queda do PIB.
Como não há medicamentos que tenham efeito concreto em combater o vírus, as medidas que os demais países vieram a adotar seguem o mesmo receituário. Isolamento social com confinamentos parciais. Assim uma parcela da população fica exposta ao contágio e à morte, enquanto a outra fica proibida de circular.
Ao mesmo tempo comércios foram proibidos de abrir, como lojas, shopping centers, cinema, restaurantes, shows etc. para evitar o contágio. Isso traz como consequência a redução na atividade de comércio e consequentemente na produção. Essa redução na atividade econômica faz com que as empresas demitem funcionários. Sem renda esses empregados não irão consumir, piorando a atividade do comércio e por sua vez da produção.
Essa realidade atinge todo tipo de empresas, de produção, de comércio e de serviços, nacionais ou estrangeiras. As mais rentáveis têm mais fôlego para aguentar por mais tempo a crise. E ninguém sabe quanto tempo ainda viveremos com ela.
Assistimos assim a morte de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, ao mesmo tempo em que a atividade econômica definha a níveis até agora inimagináveis. Alguns especialistas apontam que poderemos chegar a situação pior que a enfrentada na crise de 1929.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2018 a queda do PIB mundial foi de 3,6%, em 2019 queda de 2,6% e apontam para 2019 queda de 3,0%. Num quadro em que consideram que a atividade econômica comece a se recuperar no segundo semestre deste ano. Lembramos que não é certo que isso aconteça, conforme especialistas em saúde.
A pior situação é apontada como sendo dos EUA, com 22 milhões de desempregados e no mês de fevereiro teve crescimento de 3,5%. Maior taxa em 50 anos, na principal economia capitalista. Na zona do Euro a situação é também grave, a taxa de queda está entre 7 e 10% dependendo do país. O pior resultado ficaria com a Grécia com queda de 10% e o melhor resultado na Alemanha com queda de 7%.
O relatório indica ainda que dos 189 países 170 terão queda no PIB, e o resultado esperado no comércio mundial é a queda de 11% na atividade. Dois destaques na atividade de comércio mundial são a pressão dos EUA sobre a China piorando o comércio, e da disputa entre Rússia e Arábia Saudita que levaram o preço do petróleo a números negativos, fazendo que as petroleiras tenham que pagar para o óleo ser retirado do local devido ao custo de estocagem ser elevado.
Em relação ao desemprego a situação tende a ser catastrófica. Nos EUA são 22 milhões, no Reino Unido 2 milhões. E a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que dos empregados atuais 1,25 bilhões estão em setores com alto risco de demissão, redução do salário e de horas trabalhadas. São 2 bilhões em situação de informais, sendo a maioria nos países em desenvolvimento. A perspectiva apontada é de fechar 2020 com os trabalhadores perdendo de 3,4 trilhões da renda, aumentando significativamente a pobreza e a miséria no mundo e ainda provocando mais redução no consumo.
Para o Brasil a OIT aponta que deverá dobrar o número de desempregados, saindo hoje dos 12 milhões para 24 milhões. O FMI estima a queda do PIB em 5,3%, maior que o apurado pela FGV estimada em 4,4%.
Para reverter esse quadro parece que só a descoberta de um medicamento eficaz. Mesmo assim devemos contar que o tempo de recuperação do estrago já causado na economia e na vida das pessoas, demoraria tempo considerável.
Enquanto isso os Estados deveriam distribuir gratuitamente álcool, máscaras, luvas e medicamentos. Estatizar todo sistema de saúde, laboratórios, produção de equipamentos médicos. Construir abrigos para os moradores de rua. Essa seria a opção mais digna de se adotar, uma vez que a vida não tem preço. Ao invés disso optaram por investir trilhões no sistema financeiro e nas grandes empresas deixando o povo à própria sorte.