O governo golpista de Bolsonaro ainda não completou dois meses, mas o resultado de sua política econômica já desagrada diversos setores do capital nacional que apoiaram a derrubada da presidenta Dilma e a eleição fraudulenta do próprio Bolsonaro.
Tudo indica que a mais nova vítima da sanha entregruista dos “Chicago boys” do ministério da Economia será o setor do agronegócio ligado à produção de leite e a sua industrialização.
O fim das taxas antidumping na produção de leite e do crédito subsidiado para a agricultura em geral vão penalizar os produtores nacionais em favor de capitalistas estrangeiros.
O governo anulou tarifas antidumping cobradas desde 2001 sob a importação de leite em pó, integral e desnatado da União Européia e da Nova Zelândia. Isso implica que os produtos da Europa e da Nova Zelândia, por serem altamente subsidiados pelos seus países, entrarão com o preço menor do que o preço do produto nacional. De imediato, a preocupação dos produtores nacionais é com a UE que tem em estoque nada menos do que 250 mil toneladas de leite em pó.
A política antinacional de Paulo Guedes e seus cupinchas está preocupando, também, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). “Teremos consequências imediatas junto aos nossos produtores, como prejuízos na produção, desemprego, perda de renda, dívidas”, disse Antoninho Rovaris, secretário de Política Agrícola da Contag.
Segundo dados do próprio governo, existem cerca de 1,2 milhão de propriedades produtoras de leite. Dessas, 51% são de pequenas propriedades rurais de até 50 hectares.
Paulo Guedes é um representante do imperialismo, e por isso vai atacar diversos setores de capitalistas brasileiros. É uma política de completa destruição da economia nacional, para que os estrangeiros dominem o país arruinado.