Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou, conforme matéria publicada no golpista Estado de São Paulo, que 50 mil estabelecimentos do setor de turismo foram fechados no País durante a pandemia, um setor que engloba bares, restaurantes, hotéis, pousadas, agências de viagens e serviços de transportes, cultura e lazer. A situação dramática do setor de turismo é um reflexo da crise econômica provocada pela política neoliberal do golpe agravada pela pandemia.
Esse número representa uma contração de 16,7% do setor e cerca de 481,3 mil trabalhadores demitidos em cerca de seis meses. A crise do setor afetou todo o país, com destaque para São Paulo que fechou 15 mil pontos, sobretudo bares, restaurantes e hotéis.
Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor teve nesse período uma ociosidade de 84% durante os meses de crise e isolamento, ou seja, utilizou apenas 26% da sua capacidade, que deixou de arrecadar cerca de R$ 207,85 bilhões entre meados de março e setembro.
As perspectivas no setor não são nada animadoras, mesmo com a suspensão criminosa do isolamento social e a política de abertura econômica genocida, a queda vertiginosa na renda média do brasileiro e o aumento extraordinário do desemprego afetam o setor diretamente, menos dinheiro nas mãos da população leva a redução do mercado consumidor do setor de turismo.
A política do governo golpista de Jair Bolsonaro foi praticamente nula, o governo ofereceu ao setor apenas uma política de crédito insuficiente e, assim como ofereceu a toda a burguesia, os direitos dos trabalhadores, com a política de fazê-los pagar pela crise, ou seja, a MP que possibilitou a suspensão de contrato de trabalho e a redução da jornada com redução salarial, uma política feita sob medida para atenuar a crise no bolso dos capitalistas tirando praticamente tudo do bolso dos trabalhadores.
O resultado catastrófico da crise no setor turístico não é um exceção, mas uma regra, todos os outros ramos da atividade econômica nacional, em maior ou menor grau, sofrem o impacto do choque econômico que vem sendo aplicado no país desde o golpe de 2016.
A pandemia não é a causa da crise, mas um fator que agravou-a enormemente, toda a atividade econômica do país vem em decadência desde 2017, e a causa dessa deterioração econômica é a política neoliberal. A luta contra o golpe é também a luta pelo desenvolvimento econômico do país.