A partir do próximo domingo as tarifas implementadas pelo direitista Donald Trump contra a importação de produtos chineses passam a vigorar. A partir do dia 08/09 os produtos chineses sofrerão uma sobretaxação de 15% em seus valores de importação. A política segundo Trump é para reverter o déficit na balança comercial que os EUA enfrentam em relação à China e foram anunciadas ainda em 2018.
A novidade agora se trata da decisão do Ministério chinês do Comércio que decidiu entrar com um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) tendo em vista que a decisão do governo americano desrespeita o consenso alcançado pelos líderes dos dois países em reunião realizada em Osaka, Japão. Nesse caso, é importante questionar que o sistema capitalista quando não alcança os objetivos de favorecer os países do eixo central apela para medidas de desrespeitam o livre comércio, tão adorado pelos burgueses.
A China ainda acusa os Estados Unidos de forçarem a desvalorização de sua moeda, o Iuan, através de uma guerra econômica que vem se arrastando desde que o país asiático começou a dar mostras de que estaria pronta para desbancar o líder do bloco imperialista em termos econômicos. É uma demonstração clara de que a burguesia internacional não medirá esforços para continuar privilegiando aqueles que que já estão se apropriando das riquezas de todos os países que oprimem.
Ainda assim, cabe a reflexão de este tipo de política desesperada apresenta um claro esgotamento da economia americana, não restando outra opção que não sejam medidas protecionistas que impeçam a entrada dos produtos chineses extremamente competitivos com qualquer outro país do mundo.
Além destas políticas, cabe ressaltar que existem indícios claros de que os EUA estejam influenciando protestos em Hong Kong contra o governo chinês. Outro ponto em disputa é o controle do mar do sul da China em que o governo americano está posicionando sistematicamente porta-aviões.
As peças no tabuleiro estão se posicionando e basta que alguém dê o primeiro golpe para que um conflito se inicie, visto que quando os EUA entram em conflito carregam consigo outros países como a Inglaterra e França, símbolos do imperialismo principalmente no século XIX.
É preciso que a classe operária tome uma posição clara contra as opressões dos burgueses internacionais e defenda os trabalhadores de todo mundo que serão as únicas vítimas. É preciso defender abertamente que vidas de trabalhadores sejam poupadas em conflitos de interesses econômicos em que os únicos que ganham são produtores da indústria da guerra e os seus financiadores banqueiros.