Segundo dados divulgados pelo Serviço Prisional de Israel, desde o início de março até hoje, quase 200 crianças palestinas foram detidas em prisões e centros de detenção em Israel.
Em consequência da tamanha aberração que o governo israelense impõe às crianças palestinas que estão presas, a ONU (Organização das Nações Unidas) nesta última segunda-feira (11), por meio do coordenador humanitário da ONU para os territórios palestinos ocupados – Jamie McGoldrick; o chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos – James Heenan, e o representante especial da UNICEF para a Palestina – Geneviève Boutin, pediram que as crianças sejam soltas.
Em comunicado, foi declarado que os jovens presos estão “em maior risco de contrair o Covid-19”, porque nas prisões é mais difícil manter distância física e outras medidas preventivas.
O fato é tão desumano, que até ONU – Sim, a organização que foi responsável pela criação deste Estado em 1948 – precisou assumir publicamente a catástrofe que é a medida de manter as crianças presas, principalmente em meio ao caos sanitário que o mundo e inclusive Israel enfrenta.
Um Estado que foi criado com a resolução que previa a criação de dois estados – Um árabe e o outro judeu – Mas que na prática, nunca teve o território demarcado sob essa condição, tem sido um verdadeiro barril de pólvora durante mais de 70 anos.
Desde 1948 que Israel, através do apoio incondicional do imperialismo, tem barbarizado com a sua ocupação na região da Palestina, com seu poder bélico infinitamente superior ao do povo palestino, promovendo um verdadeiro massacre contra este povo que há anos encontram-se marginalizados em seus guetos, sem a menor chance de defesa e com dificuldades extremas de acessos a condições básicas de sobrevivência como saneamento básico, saúde, educação, e todas as pessoas – é claro – quando estão empregados, são em subempregos. Até mesmo pastores de ovelha são brutalmente assassinados pela polícia israelense, para que os colonos de Israel tenha um pedaço a mais de terra.
A prisão das crianças palestinas nas prisões israelenses, são o cúmulo de todos os absurdos que o Estado de Israel poderia praticar, dentro do atual cenário catastrófico que o mundo enfrenta. Trata-se de uma medida ditatorial, criminosa, e elas podem morrer de coronavírus nessas masmorras, sem que ninguém saiba a real causa do óbito.
Infelizmente o que temos recebido de goela abaixo da imprensa burguesa, é o quanto o governo de Israel “Tem se esforçado no combate ao novo coronavírus”, mas em momento algum, qualquer espectador que contribui com a audiência desses meios de comunicação, será contemplado com o que de fato ocorre na região, que é a prática de extermínio do povo palestino, em sua própria terra.
Apenas anos e anos de genocídio e práticas de marginalização contra o povo palestino não são é o suficiente, mas a sensação que o governo israelense transmite, é que eles querem matar toda a nova geração, para que não reste mais um representante do povo palestino, em terras que eles saquearam, desse mesmo povo.
