Nesta última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que a proposta de reforma tributária do governo federal está pronta, e bastaria ser levada ao Congresso Nacional.
Contudo, mesmo após sinalizar o fechamento das propostas, apontou novamente ser favorável a criação de um imposto sobre as movimentações financeiras, assim como a antiga CPMF.
Guedes, colocou estar comprometido na “modernização dos marcos regulatórios e dar os passos iniciais da reforma tributária. Vamos começar a apresentar nosso IVA [Imposto de Valor Agregado] federal, integrando Pis e Cofins”.
Este IVA será proposto aos estados como uma forma de integração, abandonando gradualmente o ICMS. Por outro lado, por mais que os impostos em cima da população aumentem junto aos novos ataques do governo federal, Guedes se colocou, como era de se esperar, ao lado dos grandes capitalistas em não tributar as empresas.
“Não tributar a empresa. Quero que a empresa acumule recursos, que crie emprego, faça inovação. Agora, se o dinheiro sair para a pessoa física, para o acionista, aí sim tributa o dividendo. Quero que a empresa acelere a acumulação de capital.”
Estas “novas” propostas de Guedes giram em torno do antigo plano do governo golpista em sobrecarregar os ombros dos trabalhadores e aliviar a queda de lucros dos grandes capitalistas. Com a crise mundial do capitalismo se aprofundando a níveis históricos com o novo coronavírus, a burguesia brasileira em conjunto com o imperialismo passa a tomar medidas a toque de caixa como forma de sustentar os capitalistas brasileiros.
Na prática, apenas o grande capitalista sai beneficiado nas novas taxações. Setores mais frágeis da pequena-burguesia e sobretudo a classe trabalhadora, não terão nenhuma margem de manobra financeira como na realidade, sofrerá as mais duras penas da crise.
O governo Bolsonaro novamente faz a população pobre, pagar pela falência generalizada da burguesia brasileira.