Domingo. 30 de junho de 2019. No interior de São Paulo, na praça da Catedral de Assis, ao som do Tema da Vitória (o “tantantan” do Senna), um grupo de pessoas ostentava com orgulho sua camiseta verde e amarela da CBF para protestar contra a corrupção. Outros, vestiam uma versão mais “fashion” com a frase “Meu partido é o Brasil” que combinava com a frase “Nossa bandeira é verde-amarela” pendurada na rampa de entrada da igreja. Outros, ainda, usavam camisetas do “mito” e uniformes do exército.
Compunha o cenário, uma fileira de caminhões novos da Scania que chegavam buzinando ruidosamente com a bandeira do Brasil no para-choque. Também existiam várias faixas que enfeitavam o ambiente. Frases como “Apoio total à Lava Jato”, “Eu apoio a Polícia Federal”, “Não à corrupção”, “Lava Jato até o fim”, “Verás que o filho teu não foge à luta” e “Ministros do STF, estamos de olho” foram vistas no local.
Existia, também, no chão, uma faixa intitulada “abaixo-assinado cidadão: aproção (ver foto) das reformas…”. Feita com papel pardo e medindo aproximadamente 30 metros, pedia a aprovação de várias pautas tradicionalmente coxinhas como a da Reforma da Previdência e do pacote anticrime, de autoria do Mussolini de Maringá. “Vamos levar essa faixa para Brasília”, dizia envaidecidamente uma moça.
Porém, não foi vista nenhuma faixa com os dizeres “Somos todos Moro” ou “Moro é nosso herói”. Enfim, isso só mostra que o governo de Jair Bolsonaro e o seu super ministro da Justiça estão desmoralizados até entre o seu público fiel.
Após a concentração na praça, entraram em seus carros, caminhões e caminhonetes e, em buzinaço, saíram orgulhosamente pelas principais ruas da cidade para ostentar seus veículos novos e suas camisetas da CBF.
