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Contra o Fora Bolsonaro

Coxinhas de “esquerda” trocam luta contra Bolsonaro por culto

Frente amplistas querem conter a mobilização

Contando com o tradicional apoio da imprensa golpista, que não quer uma verdadeira mobilização pelo Fora Bolsonaro, mas apenas exercer uma “pressão” sobre o governo ilegítimo, visando atender os interesses dos bancos e grandes empresas capitalistas, grupos ligados à frente ampla, como a direção do “Somos Democracia” e outros setores ligados ao Psol, do ex-candidato presidencial e pré-candidato à prefeito, Guilherme Boulos, resolveram convocar para o próximo dia 12, um “culto ecumênico”.

A atividade está em perfeita sintonia com a política adotada por esses setores, que não é outra que a de paralisar as manifestações. Depois dos atos de Brasília (20/5) e de outros Estados, realizados pelos Comitês de Luta e pelo PCO, com participação de militantes de outros partidos (PT, principalmente) e grupos regionais de outras organizações, a mobilização ganhou impulso com a participação de centenas de torcedores (principalmente do Corinthians – Gaviões da Fiel – e das torvidades antifascistas), na Avenida Paulista, no dia 31 de Maio. Nesse dia, também em outros Estados, torcedores e manifestantes da esquerda combativa ocuparam as ruas e colocaram, literalmente, a direita para correr. Enfrentaram, inclusive, a polícia especializada em proteger a direita e os ricos e atacar a esquerda e os pobres.

Ao sentir a radicalização do movimento, a fuga dos coxinhas e a possibilidade de que se levantassem grandes mobilizações contra o governo fascista, setores contrários aos atos de ruas e defensores de um acordo que não significasse a queda do governo Bolsonaro, passaram a intervir no movimento.

Primeiro, agiram para conter e dividir o movimento. Fizeram acordos com a Polícia e o Ministério Público tucano e deixaram a Avenida Paulista, principal ponto das manifestações, entregue para a direita. Convocaram um ato para o distante Largo da Batata, e cehgaram ao absurdo de dar flores para a PM assassina de Paraisópolis, recordista de mortes durante a pandemia.

Vendo que setores da esquerda denunciaram e se opuseram à essa política, e que ainda assim as mobilizações continuavam a ocorrer com enorme combatividade, passaram então a atacar mais diretamente esses setores, sempre com apoio da imprensa capitalista.

Enquanto participavam de lives com direitistas e golpistas, os representantes desses setores no movimento intensificaram seus ataques contra a esquerda, atacando o ex-presidente Lula e pressionando (e até ameaçando) para que o PCO e demais partidos de esquerda abaixassem suas bandeiras nas manifestações. Uma política 100% semelhante à que foi adotada pela direita (com apoio de setores da esquerda) nas manifestações de junho de 2013 que acabaram controladas pela direita.

Sendo uma vez mais desmascarados, esses mesmo setores buscam agora a política de tentar transformar as manifestações em atividades de caráter pacifista e inútil diante da direita.

Para isso, estão convocando para o próximo dia 12, um “culto ecumênico”. Isso na data que, por proposta da Frente de Luta pelo impeachment, defendida pelo PCO e pelo PT (entre outros), deveria estar destinada a realizações de atos de rua pelo “Fora Bolsonaro”.

Como não podem simplesmente abandonar as ruas, o que significaria deixar a mobilização entregue aos trabalhadores e torcedores radicalizados, aos Comitês de Luta e aos setores da esquerda que querem lutar, tentam aplicar mais um golpe com a política da frente ampla para esvaziar os atos, tirando seu conteúdo político, sua combatividade e despolitizando-os. E tudo isso porque não querem mobilização popular, pois ela atrapalha a politica de buscar um acordo com a direita golpista e com Bolsonaro.

No lugar de seguir o exemplo dos entregadores e convocar amplamente uma mobilização combativa, querem uma antimanifestação, uma espécie de velório.

Opõem-se pelo vértice à ideia de que o ato seja um momento de agrupar forças, reunir militantes, educar e animar politicamente milhares contra a direita, em defesa das reivindicações dos explorados contra os exploradores e seus governos. Querem um ato de conciliação, de oração, de súplica e quem sabe até de louvor. Uma política típica de pelegos que querem acalmar os ânimos dos trabalhadores dispostos a lutar.

Tudo isso, é claro, servindo também a nítidos interesses eleitoreiros, de setores pequeno-burgueses que colocam suas mesquinharias particulares muito acima das necessidades e interesses dos trabalhadores.

O culto é o oposto da mobilização, da política dos torcedores de colocar a direita para correr. Os que até poucos dias atrás só faziam “atos” virtuais, querem agora transformar a mobilização em uma encenação, desbotada, pintada de amarelo, a cor da direita fascista e também da frente ampla.

É preciso denunciar essa política reacionária e retomar o movimento de enfrentamento.

Dias 5 e 12, vamos sair às ruas de vermelho, agrupar os setores combativos, convocar amplamente as manifestações, ultrapassar o cerco que a esquerda pequeno-burguesa busca impor ao movimento e intensificar o necessário enfrentamento com a direita golpista, para colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas.

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