A burguesia, amparada pelo Estado igualmente burguês e reacionário, acha que por possuir tanto dinheiro e poder, – sempre à base de muita exploração – tem o direito de tirar a vida de pessoas da classe trabalhadora sem sofrer as consequências. Esse foi o caso do empresário do setor imobiliário, Fábio Alonso de Carvalho, acusado de atropelar uma diarista, Audenilce Bernardina dos Santos, que estava atravessando uma rua nos Jardins (área nobre de São Paulo).
A diarista havia saído do trabalho e estava atravessando na faixa de pedestre quando foi surpreendida pelo Porsche do empresário, que avançou no sinal vermelho, em alta velocidade, como confirmou uma testemunha que estava no local e pelas câmeras de segurança.
Esse mesmo motorista já havia sido condenado pelo atropelamento e morte de um motoboy em 2014, a sentença, que saiu somente no ano passado, proibia que o empresário dirigisse pelo tempo da pena, que ficou em 2 anos e 8 meses.
Na época, ele estava com um Mustang, corroborando o fato de que é cheio da grana e que por isso não sofreria consequências. É assim que a classe trabalhadora vem sendo tratada por uma burguesia reacionária e assassina, que atualmente se sente mais ainda no direito de cometer crimes, amparada por um discurso de ódio do próprio presidente golpista Bolsonaro.
O empresário, além de atropelar a diarista, não prestou socorro, contribuindo para a morte da senhora de 65 anos.
É preciso dar um basta e acabar com essa classe dominante que pisa na população e fica impune. Não são leis mais rígidas que podem resolver esse problema, mas o fim do capitalismo, que sustenta esse tipo de gente.