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Contra os trabalhadores

Covid: governos neoliberais, repressão estatal e fechamento do regime

Os estados burgueses utilizam a crise para garantir a repressão, preparando o terreno para o massacre pós-pandemia

Segundo os dados oficiais, cerca de 1 milhão e 200 mil pessoas já foram infectadas pelo novo Coronavírus (Sars-covid 2) no mundo. Mesmo com as denúncias de subnotificação, corroboradas pelos órgãos oficiais, mais de 66 mil mortes foram reportadas em decorrência do vírus. Embora seja evidente que a enfermidade é atroz tanto na velocidade de contágio quanto na gravidade, é fato que as limitações inerentes ao capitalismo,como a necessidade de aferimento de lucro, agravam a situação.

Por um lado, a inépcia dos sistemas de saúde mundiais levam ao estabelecimento de diretrizes lúdicas no combate ao vírus, como confecção de máscaras caseiras e isolamento social sem planejamento. Em outro sentido, os estados burgueses, que já amargavam desastrosos indicadores econômicos neste último período, têm usado a pandemia para justificar o aprofundamento de políticas repressivas.

A polícia francesa, que deu prova de sua truculência nos últimos anos com a repressão de manifestações contra a política neoliberal do governo Macron, destacou 160 mil policiais e militares para garantir, à força, o isolamento durante o feriado de páscoa que ocorrerá no próximo fim de semana (10/04). Na Índia, a violência estatal viralizou na internet, expondo situações nas quais policiais agridem, sem cerimônia, cidadãos que transitam pelas ruas.

 

Na Índia, policial usa cassetete para agredir cidadão em meio à pandemia

Espanha, África do Sul, Itália, Inglaterra, e até estados brasileiros, muniram suas polícias de prerrogativas que autorizam a violência em caso de descumprimento da quarentena. As medidas, contudo, não vêm acompanhadas de um pacote econômico de crise, que garanta aos trabalhadores o recebimento de salário por parte dos capitalistas.

A jogada da burguesia é evidente: ela se antecipa à calamidade pública que infectará a economia mundial nos próximos meses. A interrupção brusca da produção mundial implodirá a produção de riquezas em uma escala nunca antes vista. Assim, a insatisfação popular – decorrência lógica do aceleramento da falência do sistema – será contida sob o pretexto da quarentena. Quando a pilha de  milhões de cadáveres parar de crescer, a repressão continuará com a desculpa igualmente esfarrapada de conter a convulsão social.

A miséria que o mundo enfrentava antes do Coronavirus já era uma demonstração empírica do anacronismo do sistema capitalista. O caos absoluto que se seguirá à pandemia, entretanto, levará a questão a um novo patamar, acirrando a luta de classes. Por isso, é imprescindível que a Esquerda não se perca em ilusões de caráter filantrópico, nem em otimismos deletérios. É a luta quem definirá se das cinzas da pandemia brotará um período de conquistas da classe trabalhadora, ou um período de miséria.

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