A direção golpista do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) determinou a volta de perícias agendadas para o último dia 14. Tal determinação vai totalmente na contramão da progressividade do contágio pelo coronavírus no país quando, devida a política genocida o governo ilegítimo Bolsonaro, já passam de 4,5 milhões de infectados com cerca de 150 mil mortos.
Com a determinação, a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANPM) determinou, logo de pronto, que os médicos não voltariam a fazer atendimentos presenciais sem que fossem adotadas todas as medidas de segurança. Em São Paulo nenhuma agência do INSS abriu as suas portas, o sindicato dos trabalhadores da previdências social (SINSSP) entrou com uma ação TRT obtendo a liminar suspendendo a determinação já que as medida de segurança necessárias para o retorno não foram minimamente atendidas. Segundo a determinação do tribunal, a reabertura das agências somente ocorrerá após vistorias e que seja apresentado um plano de retomada dos trabalhos com testagem para o coronavírus de todos os servidores do INSS no estado. Após a decisão a direção do Instituto diz que irá recorrer.
O ritmo acelerado de novos casos de infecção, assim como dos óbitos, registrados diariamente, aproxima o Brasil do trágico primeiro lugar no mundo, neste momento ainda liderado pelos Estados Unidos. Muitas mortes, dor e sofrimento poderiam ter sido evitadas se houvesse um mínimo de interesse por parte do poder público na adoção de medidas simples de enfrentamento e combate ao covid-19.
A medida de reabertura da agências do INSS revela, mais uma vez, a política genocida do governo federal fascista, que não faz absolutamente nada para combater a crise sanitária, não há testes, não há leitos de UTI suficientes, e nem uma política de isolamento social que beneficie todas as classes sociais, ao contrário disso o que se se vê é a política de beneficiar os grandes capitalistas e banqueiros com a abertura indiscriminada da economia, nem que para isso sejam ceifadas centenas de milhares de vidas. É um verdadeiro desprezo pela vida da população.
É a política que o governo federal, vem pregando desde o começo da pandemia, em que deveria reabrir tudo, de funcionamento “normal” da economia devido a pressão dos capitalistas que estão alarmados com a crise econômica em decorrência da crise sanitária.
Os trabalhadores do INSS de todo o país devem seguir o exemplo dos servidores do estado de São Paulo e não voltar ao trabalho presencial até o fim da pandemia e enquanto não houver vacina, em defesa da vida dos servidores e da população, que logicamente corre um sério risco de morte caso as agências voltem a funcionar em plena crise do coronavírus.